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Cidades

Mulheres no ES consomem mais álcool que a média nacional

Pesquisa aponta ainda que uma a cada cinco delas bebeu em excesso nos últimos 30 dias. Especialistas alertam para riscos


Imagem ilustrativa da imagem Mulheres no ES consomem mais álcool que a média nacional
Mulheres, em geral, têm menor capacidade de metabolizar o álcool, explicam especialistas |  Foto: Leone Iglesias/at - 25/07/2023

O Carnaval já chegou ao fim, mas especialistas continuam chamando a atenção para os riscos do consumo excessivo de álcool.

No Espírito Santo, pesquisas apontam que o uso abusivo supera a média nacional. Entre as mulheres, além de superarem a média brasileira, o consumo tem avançado nos últimos anos. Uma a cada cinco admite que bebeu em excesso nos últimos 30 dias.

A pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, apontou que em 2019 12,9% das mulheres haviam feito consumo abusivo (mais de quatro doses). Já em 2023, o percentual saltou para 18%.

No caso dos homens, apesar de ainda ser maior (29,2%), o percentual tem se mantido estável nos últimos 10 anos. Os dados do Vigitel são coletados nas capitais, sendo no caso do Estado, em Vitória.

Imagem ilustrativa da imagem Mulheres no ES consomem mais álcool que a média nacional
Mariana Thibes alerta para risco de transtornos |  Foto: Divulgação

A socióloga e coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), Mariana Thibes, destacou que a análise dos últimos 10 anos confirma a tendência de aumento do consumo abusivo entre mulheres.

“Apesar do aumento ter relação com a questão social, de busca por igualdade de comportamento, existe uma preocupação biológica com relação a esse aumento. Em geral, mulheres têm menor capacidade de metabolizar o álcool”.

A coordenadora do Cisa reforçou que, a longo prazo, o consumo abusivo aumenta riscos de doenças como câncer de mama.

A hepatologista e gastroenterologista pela USP Karoline Loureiro Amancio explicou que, do ponto de vista biológico, as mulheres são metabolicamente menos tolerantes ao álcool do que homens.

“Um dos fatores é a maior proporção de tecido gorduroso e menor de água no corpo das mulheres, que faz com que o álcool fique concentrado, intensificando os efeitos. Além disso, há menor concentração nelas de desidrogenase alcoólica, enzima responsável pela metabolização do álcool”.

O coordenador do programa de transplante de fígado do Hospital Evangélico de Vila Velha, Francisco Nolasco, reforçou a necessidade de moderação, tanto para homens quanto para mulheres.

“É preciso evitar misturar bebidas alcoólicas, lembrar de se alimentar e ingerir bastante água. Além disso, lembrar que, se beber, não dirija”.

Espírito Santo é líder em mortes por uso de bebida

Além de superar a média brasileira com relação ao consumo abusivo de álcool, o Espírito Santo se destaca em um indicador preocupante: mortes por causa do álcool.

Segundo o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), o Espírito Santo lidera o ranking do País com relação às mortes atribuíveis ao álcool. São 42,9 por 100 mil habitantes, seguido pelo Paraná, com 40,4. O índice nacional é 32,4 mortes.

A socióloga e coordenadora do Cisa, Mariana Thibes, explicou que o levantamento considera dados do DataSUS.

Entre as causas que lideram as mortes no Estado, ela apontou os transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool, seguido de acidente de trânsito, cirrose hepática e violência interpessoal.

Ela acrescentou uma preocupação ainda maior com riscos nos últimos meses, com consumo maior desde as festas de fim de ano até o período de Carnaval.

A hepatologista e gastroenterologista pela USP Karoline Loureiro Amancio enfatizou que o álcool ainda é a principal substância de abuso no Brasil.

Também é a que mais se associa com mortes e agravos relacionados, como distúrbios hepáticos (hepatite, cirrose e câncer de fígado), infarto e AVC, mentais e comportamentais, incluindo a dependência, além de lesões resultantes de violência e de acidentes de trânsito.

“Não existe dose segura de álcool e essa conscientização é fundamental para que possamos reduzir seus danos”, explicou.

Imagem ilustrativa da imagem Mulheres no ES consomem mais álcool que a média nacional

Fique por dentro

O que é o consumo abusivo?

É a ingestão de cinco ou mais doses (homens) ou quatro ou mais doses (mulheres) em uma única ocasião, pelo menos uma vez no último mês.

Uma dose corresponde a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose (shot) de destilado.

Misturas perigosas

1 Álcool e energético

A psiquiatra e pesquisadora Olivia Pozzolo aponta que efeitos estimulantes dos energéticos mascaram os depressores do álcool. A cafeína aumenta a euforia e reduz a sensação de embriaguez.

2 Álcool e remédios

A interação pode produzir diversos efeitos, dificultando o efeito da medicação, causando descontrole de doenças pré-existentes, acentuando os efeitos da bebida alcoólica ou desencadeando uma reação inesperada, podendo até levar à morte.

3 Álcool e direção

Alterações cognitivas e motoras ocorrem mesmo que não sejam percebidas pelo condutor.

4 Álcool e ambiente aquático

O álcool diminui a capacidade de discernimento quanto à segurança.

5 Álcool e substâncias ilícitas

O uso simultâneo de álcool e maconha pode sobrepor e potencializar os efeitos de ambas substâncias. Quanto à cocaína, pode levar a um aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.

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