Ministro de Minas e Energia defende volta do horário de verão no País
Alexandre Silveira, da pasta de Minas e Energia, afirma que medida estimula setores do comércio como bares e restaurantes
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que defende um debate sobre a volta do horário de verão que não leve em conta apenas a economia de energia, mas também os impactos da mudança nos costumes da população.
O horário de verão foi suspenso em 2019 pelo governo Jair Bolsonaro. Em 2023, a área técnica do governo Lula também avaliou que não havia necessidade de retomar a prática porque não haveria impacto significativo na geração e no consumo de energia.
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Quando há horário de verão, os relógios são adiantados em uma hora para aproveitar o período de maior luminosidade no País entre outubro e fevereiro.
“Eu vejo a discussão sem nenhum tabu. Defendo isso no governo, o horário de verão deve ser desatrelado da questão exclusivamente energética. Ele tem outras repercussões”, afirmou Silveira.
Em setembro, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou carta a Lula pedindo a retomada do horário de verão e apontando impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com alta de 10% a 15%.
Esse efeito acontece porque, durante a vigência do horário de verão, “anoitece mais tarde”, o que, segundo os setores de turismo e atendimento, estimula os clientes a permanecerem na rua por mais tempo e consumirem mais.
“Há um impulso econômico em alguns setores. Então, eu tenho defendido junto ao MDIC, à Economia, que a gente possa olhar o horário de verão de uma forma mais holística, mais ampla. É importante para o Brasil, mesmo que nós tenhamos um momento de segurança energética como hoje, quando ela (a mudança nos relógios) impactar positivamente a economia”, afirmou Silveira.
“Tenho feito reiteradas reuniões a fim de que, mesmo não tendo necessidade energética, se avalie no governo a possibilidade de estimular a economia com a possibilidade do horário de verão”, prosseguiu.
O horário de verão foi instituído pela primeira vez em 1931, no governo de Getúlio Vargas. Mas só passou a ser adotado com constância a partir de 1985.
A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural durante o verão, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas. Dessa forma, haveria economia de energia e redução do risco de apagões.
A decisão final é do presidente da República, mas o Ministério de Minas e Energia é um dos órgãos que subsidiam o debate.
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