Maria, uma robozinha muito especial que vai ajudar crianças com autismo
Com capacidade para andar, falar e projetar imagens, ela chega para contribuir com o desenvolvimento de crianças com autismo
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O Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea) do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV) está com uma novidade que promete encantar os pacientes: a robô Maria T21.
Com uma mochila nas costas e lacinho na cabeça, ela contribui para o desenvolvimento cognitivo, físico e social de crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), e passará a atuar a partir desta segunda-feira no local.
Rodrigo André Seidel, presidente da Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (Aebes), instituição mantenedora do HEVV, celebrou a inclusão da tecnologia nos trabalhos.
“O serviço do Cetea no Hospital Evangélico de Vila Velha completará um ano no mês de julho e, por isso, nós optamos por inovar nesse cuidado com as pessoas com autismo. Temos uma equipe qualificada, que realiza os atendimentos com muito carinho, mas entendemos a importância de aliar a tecnologia no tratamento de nossos pacientes”, destacou.
“Quando vimos a Maria pela primeira vez, percebemos que ela seria mais uma excelente opção para o desenvolvimento dos pacientes, já que ela pode ser utilizada de maneira individual e coletiva. As crianças ficam encantadas!”, completou Rodrigo.
Camyla Bastos, gerente da equipe multidisciplinar do Cetea, contou que a robô pode falar, andar e também projetar imagens. As projeções podem ser de jogos, atividades e desenhos. Explicou ainda que Maria é um “robô social”, que promove interações e também estimula a cognição, memória, resolução de conflitos e a mobilidade.
“O perfil de cada criança é único. Então, a partir do plano terapêutico de cada uma delas, a gente vai identificando o que precisa ser desenvolvido em maior escala para encaixarmos a Maria no processo”, afirmou.
“Ela pode atuar em uma sessão de fisioterapia, com a projeção de um circuito de atividade dentro da sala. No caso de uma ação com psicopedagogo, ela vem para complementar, ao projetar algum jogo de memória ou algum desenho, trabalhando a psicomotricidade”, exemplificou Camyla.
Mãe de Antony Miguel, 5, que frequenta o Cetea desde dezembro, Flaviane Vicente Santos, 44, elogiou a iniciativa. “Ela vai vir para somar. A inovação é tudo o que uma criança precisa, e acredito que meu filho vai gostar muito”.
“Achei uma ótima iniciativa”

Mãe de Miguel Acosta Silva, de 9 anos, a manicure Vera Lúcia Gaúna Acosta, de 47, ficou encantada com a robô Maria T21. “Achei uma ótima iniciativa e acredito que ela ajudará bastante no desenvolvimento dos pacientes. Será excepcional, chamando muito a atenção das crianças. Acho que elas vão querer participar ainda mais das terapias”, disse.
“É uma ideia muito criativa”

Jonatas Belarmina Cassim, de 6 anos, frequenta o Cetea há dois meses, e mostrou animação ao ver Maria T21 pela primeira vez. Divertiu-se com a robozinha e também fez desenhos dela. A mãe dele, Aldeci Belarmina da Silva, cabeleireira de 41 anos, tem boas expectativas para a robô. “Acredito que é uma ideia muito criativa. As crianças gostam de tecnologia”.
FIQUE POR DENTRO
Maria T21
> É uma robô criada para contribuir para o desenvolvimento cognitivo, físico e social de pessoas com autismo e Síndrome de Down. Além de crianças, ela pode ser uma importante ferramenta para adultos.
> Desenvolvida por pesquisadores capixabas, Maria T21 pode falar, andar e também projetar imagens.
> Ela é uma robô programada para ser utilizada durante as sessões de terapias com os pacientes, e auxilia nos exercícios de coordenação motora, de memória e de comunicação, por meio de jogos interativos.
> Adquirida com recursos próprios do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), ela passará a atuar no Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea) a partir da próxima segunda-feira. Pais e crianças já mostraram animação ao saber sobre a tecnologia.
Cetea
> No Cetea, os pacientes têm acesso a terapias ocupacionais, arteterapia, musicoterapia, sessões com fonoaudiólogos e fisioterapeutas, além de receberem o atendimento de psicólogos e psicopedagogos.
> As famílias também recebem acompanhamento com as assistentes sociais.
Fonte: especialistas entrevistados.
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