"Filhos de aluguel" oferecem ajuda para idosos

Bernadete Patrocínio com o sobrinho Alexandre Trancozo, que é “filho de aluguel” e a leva para vários locais |  Foto: Leone Iglesias / AT

Com o objetivo de oferecer uma solução para filhos e netos que não conseguem acompanhar pais e avós em rotinas do dia a dia, como consultas, exames e até mesmo passeios, o motorista de aplicativo Alexandre Trancozo, de 47 anos, começou a prestar o serviço de “filho de aluguel” há três meses. 

Por meio dessa ação, o profissional oferece o transporte para o local de destino do idoso e também é um acompanhante, ajudando-o no que for necessário. Todos os seus clientes são  pessoas com mais de 60 anos.

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Alexandre explicou que a ideia surgiu ao atender idosos com seus familiares em viagens como motorista de aplicativo. 

“Muitos filhos se sentem culpados por não poderem acompanhar o pai, então o meu intuito é resolver o problema da pessoa e também servir ao próximo”, comentou. 

De acordo com o profissional, o destino mais frequente de seus clientes é a consulta com médicos. 

“A maioria vai ao médico para consultas ou para fazer exames, e eu repasso as informações para quem me contratou. Alguns eu levo e acompanho somente porque se sentem sós e não querem ir sozinhos”. 

A diversão também é garantida no serviço, de acordo com o “filho de aluguel”. Alexandre disse que já levou uma cliente em uma festa e aproveitou bastante, dançando forró com ela. 

“São pessoas muito alegres, me fazem rir bastante. Eu perdi meus pais na pandemia, então dá para matar a saudade um pouco também”. 

Entre seus clientes, estão alguns familiares, como sua tia Bernadete Patrocínio, de 77 anos, e seu tio João Patrocínio, de 85. Os três vão juntos para vários lugares, como por exemplo ao sítio. “Eles andam sempre comigo”.

FUTURO

Atualmente, essa não é a única fonte de renda de Alexandre, pois ele ainda trabalha como motorista de aplicativo. Porém, suas expectativas são evoluir cada vez mais nessa área, dedicando-se 100% a esse serviço.

Bernadete Patrocínio com o sobrinho Alexandre Trancozo, que é “filho de aluguel” e a leva para vários locais |  Foto: Leone Iglesias / AT

Sua esposa, a técnica de enfermagem Rosileni Rangel Nunes Trancozo, de 52 anos, inclusive, irá começar a trabalhar com ele.

“Por enquanto, conseguimos clientes muito pelo boca a boca, mas iremos investir”.

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