X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Estudante de Vila Velha identifica asteroide e vira “detetive das galáxias”

João Emanuel Coslop, de 10 anos, identificou um asteroide no programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Estudante de Vila Velha identifica asteroide e vira “detetive das galáxias”
João Emanuel foi reconhecido como umas das crianças mais brilhantes do mundo pela International Star Kids |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

Aos 10 anos de idade, o estudante João Emanuel Coslop Camporez coleciona conquistas que vão do universo da Matemática até a procura de asteroides nas galáxias.

Em julho, o menino identificou um asteroide no programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em outubro, ele vai para Brasília receber uma medalha pelo feito.

Leia mais notícias de Cidades aqui

 “Tenho curiosidade sobre o espaço porque ele é muito grande e guarda segredos. Quanto mais desenvolvermos satélites e telescópios, mais imagens vamos ter”, explicou o menino.

Neste mês, João Emanuel foi reconhecido como umas das crianças mais brilhantes do mundo pela International Star Kids Awards, como prodígio na área educacional. “Fizemos a candidatura por meio do site, enviando todas as conquistas dele até aqui”, explicou a mãe, Elaine Coslop, de 48 anos.

O caminho das competições começou recentemente. “Eu estava no 3º ano do ensino fundamental e minha mãe falou para eu fazer uma olimpíada de Matemática. Nela, eu tirei o certificado máximo”.

Desde então, já foram diversas participações, que resultaram em  15 premiações, entre medalhas e honras. Entre as conquistas estão a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e a Copernicus de Ciências e de Matemática.

Hoje no 5º ano do ensino fundamental do Sesc Vila Velha, ele faz parte da Mensa Brasil, sociedade que reúne indivíduos com habilidades cognitivas excepcionais, como o Quociente de Inteligência (QI) elevado.

Além disso, João Emanuel também faz parte da Intertel R6, uma entidade internacional para pessoas com esta condição.

O pai, o inspetor da Polícia Penal João Carlos Camporez, de 56 anos, explica que o diagnóstico de superdotação é recente, e veio após o período de pandemia. Mas desde muito pequeno o filho já se mostrava acima da média. 

“Logo quando começou a falar, ele aprendeu o alfabeto em coreano, chinês e russo. Ele falava como um adulto e até resolvia questões de matemática”, disse.

João disputa com mais 35 crianças a final do Sócios Mirins da Associação de Engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (AEITA) 2023, competição de tecnologia de renome que contou com mais de 700 concorrentes.

MATÉRIAS RELACIONADAS:


ENTREVISTA | João Emanuel Coslop Camporez, estudante: “Sempre tenho tempo de brincar”

A Tribuna - Como foi o processo de encontrar o asteroide?

João Emanuel Coslop Camporez - Minha mãe descobriu no grupo de mensagens da Nicolinha Kids (clube de astronomia para crianças) que o programa estava com inscrições abertas e falou para eu fazer.

Você tem que identificar quais pedrinhas estão se movendo pelas imagens enviadas pelo programa.

E qual o próximo passo?

Em outubro vou para Brasília receber uma medalha do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Hoje em dia, como é a sua rotina de estudos?

Estudo na parte da tarde, das 13h às 17h30. Segundas e quartas-feiras tenho aula particular de Matemática. E quando está chegando perto a data de alguma olimpíada, eu e minha mãe montamos um cronograma de estudos.

E nos finais de semana, você também estuda?

Se tiver alguma olimpíada por perto, sim. Mas sempre tenho tempo de brincar e descansar.

Nos momentos de lazer, o que você gosta de fazer?

Gosto de jogar videogame e futebol com os meus amigos. Aqui em casa a gente torce para o Vasco, mas o meu avô é Fluminense. Também gosto de resolver o cubo mágico. Meu recorde é de 33 segundos, mas gasto em média 58 segundos para montar.

O que você quer ser quando crescer?

Engenheiro aeroespacial. Acho que seria uma forma de conhecer o espaço. Existem várias galáxias e universos, daí, eu sendo engenheiro, poderia ver as primeiras imagens de lá. Tenho curiosidade sobre o espaço porque ele é muito grande e guarda segredos.

Imagem ilustrativa da imagem Estudante de Vila Velha identifica asteroide e vira “detetive das galáxias”
Elaine e João Emanuel: diagnóstico |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

Estímulo para  criança superdotada

A mãe de João Emanuel diz que o filho sempre demonstrou interesse por diversas áreas do conhecimento.

“No aniversário de três anos, ele pediu o tema da festa de números e letras”, contou Elaine Coslop. 

Mas foi durante a pandemia de covid-19, com o isolamento social e aulas remotas, que a família viu a necessidade de um diagnóstico.

“Durante a pandemia, ficamos 10 meses em casa. Ele assistia às aulas de costas ou embaixo da mesa. Quando a professora fazia alguma pergunta, ele já sabia as respostas e fechava todas as provas”, lembrou a mãe.

João fez acompanhamento com neurologista e psicólogo para receber o diagnóstico de superdotação e Quociente de Inteligência (QI) de 134.

Hoje, ele faz aulas de inglês, robótica, taekwondo, xadrez, além de participar de clubes de ciências e até fazer ginástica para o cérebro, a técnica chamada soroban (ábaco).

A diretora-executiva da Mensa Brasil, Marina Couto, lembra que o estímulo é essencial para o desenvolvimento das crianças.   

“Crianças superinteligentes ficam entediadas com muito mais facilidade na escola. Gerar estímulos extracurriculares para que esse tédio não se torne um problema é muito importante”, orientou.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: