Espírito Santo é o quinto estado brasileiro com mais pessoas autistas
Entre toda a população que reside no Espírito Santo, 1,3 % declarou ter recebido diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA)
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O Espírito Santo é o quinto estado brasileiro com mais pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A informação foi divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (23) por meio da publicação do Censo Demográfico 2022 - Pessoas com Deficiência e Pessoas Diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista: Resultados preliminares da amostra. O Censo traz pela primeira vez informações sobre o autismo na qual o entrevistado declarava se o moradores da residência já haviam sido sido diagnosticados com autismo por algum profissional de saúde.
Entre toda a população que reside no Espírito Santo, 1,3 % declarou ter recebido diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o equivalente a 51,3 mil pessoas.
Diagnóstico é maior entre homens
A prevalência maior foi entre homens (1,7%) do que entre mulheres (1,0%), equivalente a 31,7 mil homens e 19,7 mil mulheres com diagnóstico declarado de autismo.
Crianças e adolescentes são a maioria com o diagnóstico
Nos grupos etários, o de maior prevalência foi o grupo de 5 a 9 anos de idade (3,4%). 2,2% no grupo de 0 a 4 anos de idade e 2,4% entre 10 e 14 anos. Esses percentuais representam, ao todo, 19,9 mil pessoas de 0 a 14 anos com autismo. No grupo de 15 a 19 anos de idade, esse percentual foi de 1,6%, correspondendo a 4,0 mil pessoas.
Taxa de escolarização da população com autismo é superior à população geral
A taxa de escolarização da população de 6 anos ou mais de idade com autismo (39,5%) é superior à observada na população de 6 anos ou mais de idade em geral (23,1%). Essa diferença fica ainda maior entre homens com 47,5% dos homens com autismo estavam estudando, frente a 23,4% do total de homens. Já entre as mulheres, a taxa de escolarização foi 27,7% entre aquelas com autismo, ante 22,7% no total.
Na análise da distribuição percentual das pessoas de 25 anos ou mais de idade, segundo o nível de instrução, verifica-se que 46,3% das pessoas com diagnóstico de autismo estão no grupo “sem instrução e fundamental incompleto”.
Maior parte dos estudantes com autismo está no ensino fundamental
Dos 817 mil estudantes de 6 anos ou mais no Espírito Santo, aproximadamente 17,5 mil foram identificados como tendo diagnóstico de autismo, o que corresponde a 2,1% do total de estudantes de 6 anos ou mais de idade do Estado.
Esse percentual é superior à proporção de pessoas com diagnóstico de autismo na população geral (1,3%), resultado condizente com a prevalência maior do diagnóstico entre a população em idade escolar, especialmente entre os mais jovens.
O grupo que concentrou a maior parcela de estudantes com esse diagnóstico foi o de 6 a 14 anos com 71,2% do total. 76,1% dos homens e 58,7% das mulheres estudantes com autismo estavam nesse grupo de idade em 2022.
Em comparação, os estudantes em geral nesse grupo de idade representavam 54,5% do total; 56,3% dos homens e 52,7% das mulheres.
Percentual de estudantes com autismo é maior no curso de Alfabetização de Jovens e Adultos no Espírito Santo
Quando observamos a taxa de estudantes com autismo em relação ao total de matriculados por curso, a alfabetização de jovens e adultos se destacou com o maior percentual com 4,4% dos seus frequentadores declarando o diagnóstico. Em seguida, os maiores percentuais foram verificados na creche, onde 4,3% das crianças possuem diagnóstico de autismo; e na pré-escola, 3,8%. 46,3% das pessoas de 25 anos ou mais com diagnóstico de autismo estão sem instrução ou possuem o ensino fundamental incompleto no ES Quando analisado o grupo de pessoas com 25 anos ou mais de idade, segundo o nível de instrução, foi indicado que 46,3% das pessoas com diagnóstico de autismo estavam no grupo “sem instrução e fundamental incompleto”, enquanto, na população geral, esse percentual foi de 35,0%. Entre demais níveis de instrução, os percentuais da população com autismo foram inferiores aos observados na população geral. O grupo com ensino “médio completo e superior incompleto”, continha 26,4% das pessoas com autismo se encontravam, frente a 32,8% da população total.
Diagnóstico de TEA é maior entre os indígenas
Quando analisado por cor ou raça, o maior percentual de pessoas com autismo se deu entre as pessoas declaradas indígenas, com 1,8%. Este percentual cai para 1,5% quando consideradas também as pessoas de outra cor ou raça que se consideram indígenas.
Entre as pessoas pardas, 1,4% tinham diagnóstico de autismo; entre as pessoas brancas, 1,3%; e entre as pretas, 1,2%. A menor prevalência ocorreu entre as pessoas de cor ou raça amarela, com 0,3%.
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