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Cidades

Especialistas explicam como lidar com ansiedade nas crianças

Especialistas explicam como os pais podem ajudar os filhos com mudanças de escola, de turma e a distância da família neste período


Imagem ilustrativa da imagem Especialistas explicam como lidar com ansiedade nas crianças
Sala de aula: pais devem ter paciência com os filhos na fase de adaptação de uma nova escola, turma ou horário, para controlar a ansiedade deles. |  Foto: Canva

As férias foram boas enquanto duraram, mas agora é hora de voltar para a escola! Para os pais, o retorno das aulas pode ser  de muito alívio, já que a preocupação de como ocupar as crianças acaba. Só que este período pode ser de muita ansiedade para elas.

Mudança de turma, horário, novos amigos, nova escola e até angústia da separação dos pais são alguns dos motivos que podem levar os pequenos a episódios de ansiedade. Como lidar com esses sentimentos?

Especialistas ouvidos pela reportagem de A Tribuna dão dicas sobre como ajudar as crianças a passarem por esse momento delicado no retorno à escola.

Imagem ilustrativa da imagem Especialistas explicam como lidar com ansiedade nas crianças
a neuropsicopedagoga Thais Cruz explica que é válido pontuar com as crianças o lado positivo de ir à escola. |  Foto: Leone Iglesias/AT

Para quem é pai e acha que é muito difícil lidar com esses sentimentos, a neuropsicopedagoga Dayane Rodrigues dá uma dica:

“Tem momentos em que  não precisamos fazer mais do que ouvi-las. As crianças,  assim como qualquer outro  ser humano, precisam expressar o que sentem, o que têm vontade de fazer, seus medos e frustrações. E nem sempre paramos para ouvir”, observa.

A neuropsicopedagoga  Penha Peterli, terapeuta de família e escritora da obra “Promovendo as competências emocionais: como superar as dificuldades de aprendizagem”, destaca que cada idade é singular, devendo ser respeitada  a adaptação das etapas do desenvolvimento. 

“Quando são menores, as crianças não sabem expressar o sentimento. Frisando na educação infantil, a criança não sabe falar direito. É importante que essa adaptação seja acompanhada por alguém da família, gradativamente, dentro de um processo de observação até que a criança se sinta segura”.

Deixar a criança na escola sem se despedir ou deixá-la chorando são atitudes pontuadas  pela especialista que não devem ser feitas.

“Depois que os pais escolhem a escola, é bom eles irem até lá com a criança para brincar, conhecer o ambiente e a professora. Eles também podem pedir a criança para arrumar a mochila, pegar o material escolar e o uniforme”, são algumas dicas de adaptação dadas pela neuropsicopedagoga. 

Elencar os pontos positivos de voltar à escola é uma das atitudes listadas pela neuropsicopedagoga Thais Cruz, que podem ajudar a diminuir a ansiedade de retorno.

“Lembre-se de salientar, também, que você estará sempre lá no final do dia aguardando a saída dela da escola. Assim, ela se sente segura e mais confiante para voltar no dia seguinte”.

Leia mais em:

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Thais ainda faz um alerta: “Se você perceber que seu filho fica  cada dia mais irritado, nervoso ou ansioso durante a ida à escola, ligue o alerta, observe e procure ajuda profissional”. Isso pode ser ansiedade e/ou algum problema dentro da sala de aula.


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1. Conte histórias

Para as crianças menores, a neuropsicopedagoga Penha Peterli orienta que   a família crie  histórias que envolvam o ambiente escolar, sempre reforçando  que a criança voltará para  casa após as aulas.

Na volta da escola, distraia a criança com atividades de seu interesse.

2. Ouça

As crianças, assim como qualquer outro  ser humano, precisam expressar o que sentem, o que têm vontade de fazer, seus medos e frustrações, destaca a neuropsicopedagoga Dayane Rodrigues. 

Nem sempre os pais param para ouvir. A partir da escuta que os pais saberão qual rumo tomar, já que entenderão o que o filho ou filha está sentindo.

3. Pergunte

Peça a seu filho para elencar os pontos positivos de voltar à escola, frisa a neuropsicopedagoga Thais Cruz. Não se esqueça de salientar, também, que você estará sempre lá no final do dia aguardando a saída dele da escola. Assim, ele se sente seguro.

Os adolescentes merecem  uma atenção especial, alerta a neuropsicopedagoga  Penha Peterli, já que é uma fase em que eles estão se autoconhecendo e autoafirmando, por meio de grupos. É uma fase de vergonha e há muita ansiedade pelo medo de errar.

Os pais devem observar se eles estão se isolando, tristes, em negação e não querem falar da escola.  A pergunta que pode ser dirigida aos adolescentes é: “Houve algo interessante na escola hoje?”.

O que os pais não devem fazer com as crianças pequenas?

Na escola

Sair escondido da escola e deixar a criança sozinha.

Fazer despedidas longas: basta dizer que está indo embora, mas vai voltar.

Em casa 

Não ter paciência: é um momento de ter bastante paciência. Evite telas e tenha mais atividade ao ar livre.

Colocar novas mudanças nesse momento de retorno às aulas: evite novas mudanças que podem ser esperadas, como mudar de quarto ou  de babá.

Ficar ansioso: pais ansiosos frequentemente geram filhos ansiosos. Isso porque os pequenos são como uma esponja dos pais. Ou seja, eles absorvem muitos sentimentos, mesmo que os pais  tentem não  demonstrar.

Quais os sinais de que essa ansiedade já ultrapassou o “tolerável”?

De acordo com a neuropsicopedagoga Thais Cruz, quando a ansiedade começa a gerar sofrimento e atrapalhar o dia a dia, pode ser sinal de um problema maior. 

Procure ajuda caso a criança apresente ações atípicas. Por exemplo, crises de pânico, choro excessivo ou algum sinal que diga que sua saúde mental não vai bem. 

Quando essa ansiedade atrapalha a aprendizagem escolar, é o momento de procurar um psicopedagogo ou neuropsicopedagogo, que irá fornecer os instrumentos necessários para que haja uma aprendizagem eficiente.

Quando a criança estará adaptada?

Segundo a  neuropsicopedagoga  Penha Peterli, há crianças que demoram um, três ou 10 dias para a adaptação. 

Se, ao final da segunda semana a  criança continuar chorando, a família deve procurar ajuda de um psicopedagogo profissional para fazer uma avaliação e orientação aos pais e à escola.

Papel das escolas

Toda fase de transição gera conflito  e  toda criança ou adolescente fica ansioso,  salienta  a  neuropsicopedagoga  Penha Peterli.   Se a ansiedade for exagerada, a escola pode acolher o aluno e conversar, sem muito discurso. A escola não deve  criar expectativa: evitar dizer que “todos os professores são ótimos”, já que o aluno pode se frustrar.

Pergunte quais os sentimentos e  do que o estudante tem medo. Conte alguma história, colocando a escola como um lugar que ele vai viver e será um local saudável.

A neuropsicopedagoga Dayane Rodrigues orienta ainda que   a escola crie uma rotina bem dinâmica, inserindo principalmente exercícios físicos, pois libera endorfina, que diminui níveis de ansiedade, sempre fazendo   da escola um ambiente cada vez mais acolhedor.

Fonte: Especialistas consultadas.

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