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Cidades

Médicos defendem que aulas comecem mais tarde

Associação Brasileira de Sono sugere o início das atividades a partir das 8h30, para garantir aprendizagem e uma boa qualidade do sono


Imagem ilustrativa da imagem Médicos defendem que aulas comecem mais tarde
A fim de melhorar o desempenho escolar, médicos e especialistas defendem que as aulas comecem, pelo menos, às 8 horas. |  Foto: Canva

Tirar um adolescente da cama às 6 da manhã não é uma tarefa fácil para os pais.  O que muitos consideram preguiça, especialistas garantem se tratar de uma mudança biológica da idade, que acaba afetando o sono.

A fim de melhorar o desempenho escolar, médicos e especialistas defendem que as aulas comecem, pelo menos, às 8 horas.

O neurocientista Fernando Louzada, professor do departamento de Fisiologia da Universidade Federal do Paraná, explicou que a discussão sobre horários mais saudáveis para  aulas não é nova, mas necessária.

A Associação Brasileira de Sono  tem publicado um manifesto sugerindo  o início das aulas  do 7º ao 9º ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio  preferencialmente a partir das 8h30, para garantir qualidade de sono e boa aprendizagem.

“Já se sabe que o  sono adequado é tão importante quanto uma boa alimentação. Há  100 anos, acreditava-se que o cérebro se desligava quando a pessoa dormia. Hoje, sabemos que o cérebro está muito ativo, a serviço de formação de  ideias, da regulação emocional e tantas outras funções. Sono não é perda de tempo”.

A pneumologista e presidente da Associação Brasileira do Sono - Regional Espírito Santo, Jessica Polese, afirma que o adolescente precisa de mais tempo de descanso do que um adulto, em média nove horas de sono. 

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“Eles também têm dificuldade de começar a dormir e a necessidade de prolongar o sono pela manhã. Isso não é preguiça”.

Segundo ela, a parte hormonal está em modificação. “O comportamento faz parte do desenvolvimento do cérebro na adolescência”.

Aliado a isso, há ainda os maus hábitos de uso dos eletrônicos, ressalta Jessica. “Os eletrônicos, como o celular, entram piorando algo que já é fisiológico. Como não conseguem dormir, os adolescentes fazem atividades que despertam ainda mais a atenção”.

A pneumologista e especialista em Medicina do Sono Roberta Couto diz que, entre as consequências da privação de sono do adolescente, estão o déficit de aprendizado e atenção e o ganho de peso. 

“Para definir que o adolescente precisa de mais tempo de sono, vários estudos foram feitos, até mesmo na zona rural, onde não havia energia elétrica. Então, não é  apenas a tela que influencia. O sono do adolescente é um problema sério que precisamos conversar”.

Criança já dormiu em mesa de escola

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Segundo Priscila, Arthur já estudou à tarde, mas este ano só terá turma, para sua faixa etária, pela manhã. |  Foto: Douglas Schneider/AT

A pedagoga Priscila da Silva Frontino, de 37 anos, conta que o filho Arthur Henrique, de 10 anos,  tem muita dificuldade de acordar cedo. Esse problema, segundo ela  relata, ocorre desde  quando o filho era da educação infantil.  Para acordar o estudante, Priscila conta com a ajuda da filha Maitê, de 10 meses.

Segundo  Priscila, Arthur já estudou à tarde, mas este ano só terá turma, para sua faixa etária, pela manhã.

“Já fui chamada à escola porque ele chegou a dormir na primeira aula.  Este ano ele vai de Topic e terá de acordar antes das 6 horas. Tento colocá-lo para dormir cedo, mas ele fica lutando contra o sono. Vi que em outros países já acontece de iniciar aula mais tarde, vejo como uma necessidade”, afirma.


SAIBA MAIS


Sono na adolescência

A fase é caracterizada por uma situação especial e passageira de mudanças no padrão de sono, com necessidade de dormir entre oito e 10 horas. 

Além disso, neste período existe um atraso de fase do sono, no qual o adolescente apresenta  tendência de dormir mais tarde e acordar mais tarde.

Essa mudança é natural do ritmo sono-vigília, que pode promover desajuste com a prática dos horários escolares e outros compromissos sociais.

Hábitos saudáveis para uma boa noite de sono na adolescência

Exposição ao sol pela manhã: Isso prepara para o pico de melatonina no período da noite. Pode ser uma caminhada até a escola ou tomar sol durante o recreio, que também reduz a sonolência durante a aula.

Gastar energia durante o dia: Tem de ser feito algum exercício para aumentar a pressão de sono à noite.

Desligar eletrônicos: Os aparelhos devem ser desligados, pelo menos, uma hora antes do horário de dormir.

Tomar um banho morno: O banho quente antes de dormir ajuda a relaxar os músculos, a tensão e alivia o cansaço, permitindo dormir melhor.

Ter o quarto organizado: Local bagunçado atrapalha o sono. O ideal era que o quarto fosse apenas para dormir, sendo separado de atividades escolares e jogos, por exemplo. Dessa forma, o cérebro entenderia que a cama foi feita apenas para dormir.

Fonte: Associação Brasileira do Sono e médicos consultados.

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