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Cidades

ES tem 8 mil novos veículos nas ruas todo mês

Fechadas, manobras irregulares e uso excessivo da buzina estão entre as causas de conflitos entre motoristas


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Imagem ilustrativa da imagem ES tem 8 mil novos veículos nas ruas todo mês
Detran-ES) aponta que somente este ano, entre janeiro e setembro, 75.697 veículos foram emplacados pela primeira vez. |  Foto: Fábio Nunes/AT

Com mais de 8 mil novos veículos integrando a frota no Estado todo mês, aumenta também o desafio para garantir espaços e uma convivência harmoniosa entre todos.

Segundo especialistas, fatores emocionais e de educação para o trânsito têm levado cada vez a uma intolerância maior ao volante, mesmo em situações banais, como fechadas, manobras irregulares ou até mesmo a falta de uma seta.

Dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES) apontam que somente este ano, entre janeiro e setembro, 75.697 veículos foram emplacados pela primeira vez. Isso representa uma média de 8.400 por mês.

O número supera os primeiros emplacamentos no mesmo período do ano anterior, quando 61.228 veículos foram emplacados.

Entre os novos veículos, as motocicletas são maioria (20.877), seguidas de automóveis (18.429) e caminhonetes (10.792).

O titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito, delegado Maurício Gonçalves, destacou que há, de fato, um aumento de conflitos.

“Por conta do trânsito, muitas pessoas acabam perdendo a cabeça, xingando, ameaçando e até partindo para a violência física. Isso tudo tem como principal fato gerador a falta de educação. Precisamos formar condutores mais educados para a condução do veículo, e também como pessoa”.

Ele salientou que, infelizmente, as pessoas ainda entram no veículo atrasadas, então querem chegar rápido. “Elas não admitem que alguém passe na frente delas. Muitas vezes, na vida, são pessoas tranquilas, mas, ao assumir a direção, acabam se transformando, adotando uma direção perigosa”.

O chefe do Setor de Comunicação do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), capitão Anthony Moraes Costa, destacou que as pessoas estão mais intolerantes.

“Isso não tem relação direta com o aumento da frota. Mas acredito que seja mais uma questão de convívio social. As pessoas estão mais intolerantes, mais estressadas e cada vez mais egoístas também”.

Ele explica que cada um quer resolver seus problemas, sem se interessar se as outras pessoas também têm problemas. “No trânsito, é claro, o estresse acontece, as pessoas ficam aborrecidas por conta do fluxo e isso se reflete na direção. Mas é muito mais uma característica da imaturidade de convívio social, que causa conflitos”.

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