ES já registrou 259 acidentes com bikes elétricas este ano
Desses, 17 tiveram vítimas com lesões graves e cinco com mortes
Os acidentes envolvendo bicicletas elétricas estão cada vez mais presentes no dia a dia do capixaba. Somente neste ano, já foram registrados 259 acidentes. Desses, 17 tiveram vítimas com lesões graves e cinco com mortes.
Os dados são do painel de acidentes com bicicletas elétricas do Observatório da Segurança Pública da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).
Fernando Braga, professor e cicloativista, destaca que para ele esse cenário é preocupante, pois muitos ciclistas não têm noções básicas nem quanto ao uso de uma bicicleta convencional.
“Seja por propulsão humana ou motor, a bicicleta está prevista no CTB como um dos modais possíveis e existem regras. Hoje muita gente está migrando direto para a bike elétrica sem nunca ter passado por uma convencional. Mas agora em um veículo que traz um agravante: a velocidade”.
Além disso, de acordo com ele, falta estrutura e fiscalização. “Não tem estacionamento, não tem local adequado. A gente deveria ter revisto essas adequações lá atrás: melhorar legislação, sinalização. Porque agora a via tem o sentido para o motorista, mas algumas bikes elétricas andam em todos os sentidos”.
O tenente Lucas Lourenço, chefe da Comunicação Social do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), ressalta que muitos acreditam, erroneamente, que não precisam ter esse conhecimento. “Elas pensam: 'Não preciso de habilitação pra conduzir esse veículo, então posso conduzir da maneira que eu quiser'. O que não é verdade”.
Ele ressalta que, ainda que seja elétrica, é uma bicicleta. “Se eu não preciso de habilitação, eu tenho que andar no local correto: na ciclovia ou ciclofaixa. Calçada é local de pedestre, a não ser que seja uma calçada compartilhada”, explica.
De acordo com o tenente, se não existe calçada compartilhada, a bicicleta vai para a via de rolamento, sempre na faixa mais à direita, possível, ou utilizando o acostamento, se disponível, no fluxo dos veículos, nunca no contrafluxo do trânsito.
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