Universitária que morreu em acidente com bicicleta elétrica ia se formar neste mês
Ana Carolina Fossi estava em uma bike elétrica quando foi atingida por carro. Durante socorro, outro veículo atropelou a jovem
Três pessoas morreram após um acidente envolvendo uma bicicleta elétrica, uma motocicleta e dois automóveis na zona rural de Jerônimo Monteiro, no Sul do Espírito Santo. Entre as vítimas está Ana Carolina Fossi de Azevedo, de 23 anos. Segundo familiares, ela concluiria a graduação em Psicologia no fim deste mês.
Nas redes sociais, o irmão da jovem, Douglas Fossi de Azevedo, informou que a família é de Jerônimo Monteiro. Ana Carolina estudava e trabalhava em Cachoeiro.
Ela havia concluído o curso neste mês e participaria da formatura no dia 23. Ele explicou que a foto divulgada nos portais de notícias mostra a colação de grau da irmã.
Outras duas pessoas também morreram no acidente, que ocorreu na madrugada de domingo. Adriana Gino de Oliveira, 40 anos, pilotava uma motocicleta.
Jean Oliveira Machado, de 22 anos, estava na garupa da bicicleta elétrica conduzida por Ana Carolina. A Polícia Militar informou que ambos foram atingidos pelo mesmo veículo, um Renault Duster.
A corporação relatou que havia duas pessoas no Duster: o motorista e uma mulher no banco do carona. Testemunhas afirmaram que o carro bateu na traseira da moto pilotada por Adriana, que morreu no local.
Logo depois, o mesmo automóvel colidiu com a bicicleta elétrica em que estavam Ana Carolina e Jean. Durante o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), às margens da estrada, um Volkswagen Gol desviou para o acostamento e atropelou os dois, que morreram após o impacto.
O condutor do Gol fugiu. Já o motorista e a passageira do Duster foram levados ao Pronto Atendimento de Jerônimo Monteiro. O condutor escapou da unidade, mas foi localizado por policiais.
A PM informou que ele realizou o teste do bafômetro, que indicou ingestão de álcool, e foi encaminhado à Delegacia Regional de Alegre.
A Polícia Civil afirmou que o motorista do Duster foi autuado em flagrante por homicídio culposo na direção de veículo automotor, com agravante por dirigir sob efeito de álcool ou outra substância psicoativa, e levado ao sistema prisional.
Fique por dentro
Calçada é espaço exclusivo do pedestre
Bike elétrica é bicicleta e deve seguir regras
Mesmo com motor, uma bike elétrica continua sendo equiparada a uma bicicleta pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Não exige habilitação, mas exige conhecimento das normas de trânsito, o que muitos usuários ignoram.
Local correto de circulação
Sempre circular em ciclovias ou ciclofaixas, quando existirem.
Na ausência dessas estruturas, o ciclista deve ir para a via de rolamento, sempre: na faixa mais à direita possível ou utilizando o acostamento, se disponível; no mesmo sentido do fluxo, nunca na contramão.
Calçada não é lugar de bike elétrica
A calçada é espaço exclusivo do pedestre. A única exceção é quando existe uma calçada compartilhada, devidamente sinalizada.
Respeito total às normas de trânsito
O ciclista precisa obedecer regras de prioridade, como parar em cruzamentos e fazer observação constante do fluxo.
Mesmo sem multa específica para vários comportamentos, o ciclista não pode “se enfiar” na frente de carros só porque acredita que não será penalizado.
Velocidade deve ser compatível com o ambiente
Embora muitas bikes elétricas alcancem até 32 km/h, isso não significa que o condutor deva usar essa velocidade sempre.
Em várias situações, como em vias estreitas, fluxo intenso e áreas urbanas, andar rápido é imprudente.
O ciclista não deve disputar espaço com carros ou motos.
Circular pelo “corredor”, disputar pista com motocicletas ou avançar entre veículos é comportamento perigoso e inadequado para quem conduz uma bicicleta.
Como o motorista deve agir ao encontrar um ciclista irregular?
O Motorista pode buzinar ou chamar atenção para orientá-lo ao local correto.
Nunca agir de forma agressiva ou arriscada.
O objetivo é corrigir o comportamento, não criar novas situações de risco.
Responsabilidade dos pais sobre adolescentes
Muitos acidentes envolvem jovens que ganharam a bike elétrica dos pais. O responsável deve:
Orientar sobre regras de trânsito.
Reforçar cuidados.
Explicar limites da bicicleta elétrica.
Garantir que o adolescente saiba onde e como pode circular.
Desconhecimento da lei é o principal fator de risco
Segundo o tenente Lucas Lourenço, grande parte das condutas perigosas nasce da ideia errada de que, por não ter habilitação e placa, a bicicleta elétrica não precisa seguir normas de trânsito.
Esse pensamento leva ao aumento de acidentes com carros e pedestres.
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