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Cidades

“Ela não gostava muito de brincar na rua”, diz tia de criança que morreu na Serra

Ayla brincava com um carrinho quando perdeu o controle no brinquedo e bateu de frente com uma moto, em Vila Nova de Colares


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Imagem ilustrativa da imagem “Ela não gostava muito de brincar na rua”, diz tia de criança que morreu na Serra
Ayla Vitória de Jesus da Silva com a tia Maria Conceição (destaque). Criança desceu morro com carrinho e fio atingida por moto |  Foto: Reprodução/TV Tribuna | Acervo Pessoal

Era por volta das 14 horas dessa segunda-feira (13) quando a pequena Ayla Vitória de Jesus da Silva, de 5 anos, brincava com um carrinho na rua, perto de casa, em Vila Nova dos Colares, na Serra.

RELEMBRE: Tragédia: menina de 5 anos morre enquanto brincava em rua da Serra

Testemunhas contaram que a menina descia com um carrinho em um morro quando perdeu o controle no brinquedo e fez uma curva na rua onde um motociclista trafegava, batendo de frente com a moto. Ela foi arremessada com o impacto e bateu a cabeça no chão.

À reportagem, a tia da menina Maria Inês Alves Conceição, 55, que é doméstica, salgadeira e cuidadora de crianças, disse que o local é perigoso para os pedestres por ser um trecho mais estreito, já havendo uma placa que alerta para a velocidade máxima permitida de 10 km/h para os veículos.

“Ela brincava com um carrinho de plástico, aquele que senta em cima. Ela descia o morro quando aconteceu o acidente com esse rapaz da moto. Nós estamos segurando na mão de Deus, porque só Deus para nos socorrer”.

Segundo a tia, a menina estava inconsciente quando foi socorrida. “Ela não falava nada e estava tremendo. Teve convulsão enquanto esperava a ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ), que não chegou. Ela foi socorrida no carro. O meu esposo sentiu que ela estava morrendo nos braços dele, a caminho da UPA de Castelândia (Serra). Lá, fizeram de tudo, mas ela não resistiu. Ela quebrou o fêmur e bateu o crânio no chão”, contou a tia.

Quando a polícia chegou, a criança havia sido socorrida e o piloto não foi localizado. O caso será investigado pela Polícia Civil, segundo o Batalhão da Polícia de Trânsito.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) manifestou pesar e informou que vai apurar, junto ao Samu 192, informações relacionadas ao atendimento dessa ocorrência.

“Ela não gostava muito de brincar na rua”, disse Maria Conceição, tia da menina

- A Tribuna: Qual a lembrança que ficará da sua sobrinha, a pequena Ayla Vitória de Jesus da Silva?

Maria Inês Alves Conceição:  Ela era uma menina maravilhosa, quietinha e não gostava muito de brincar na rua. Ela era medrosinha.

Ontem (domingo), uma menina maior estava ensinando ela a descer com o carrinho no morro. Deve ser por isso que ela se encorajou a brincar na rua e aconteceu essa tragédia.

- Como a família está?

Estamos muito tristes, destruídos. O acidente foi por volta das 14 horas e o meu coração está doendo até agora (19h30). Parece que estou no meio de um pesadelo e ainda não acordei.

Eu criei ela desde pequena, enquanto a mãe saía para trabalhar. A gente mora no mesmo quintal aqui em Vila Nova de Colares (Serra). A mãe dela está com o coração partido, assim como todos nós. A gente não esperava isso, ninguém nunca está preparado para receber uma notícia dessa.

- A senhora viu a sua sobrinha caída na rua?

Não. Quando eu cheguei, ela já tinha sido socorrida pelo meu esposo no carro mesmo, porque a ambulância do Samu não chegou. O rapaz da moto que a atropelou estava do lado dela o tempo todo. Ele estava apavorado enquanto esperava o socorro chegar.

- Ela era filha única?

Não, tem uma irmã mais nova. Ela era a do meio. O filho mais velho morreu afogado em Manguinhos (Serra), há cerca de quatro anos. Ele era adolescente.

MORTES NO TRÂNSITO

No ano passado, 1.933 pessoas foram atropeladas no Estado, o que equivale a uma média de cinco por dia. Dessas, 138 morreram.

Neste ano, até esta segunda, além da pequena Ayla, outras duas pessoas morreram, entre elas a costureira aposentada Irene da Silva, de 73 anos. Ela foi atropelada quando atravessava na faixa de pedestre na rodovia Governador José Henrique Sette, em Cariacica-Sede. A condutora, que não era habilitada, tentou fugir, mas foi presa.

NÚMEROS

Vítimas de atropelamento

2023

- Vítimas parciais: 2.687.

- Vítimas fatais: 116.

- Total: 2.803.

2024

- Vítimas parciais 1.795.

- Vítimas fatais: 138.

- Total: 1.933.

2025

Vítimas fatais: 3 (até esta segunda).

Fonte: Departamento Estadual de Trânsito do Estado e Batalhão de Polícia de Trânsito.

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