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Cidades

Economia de água para não faltar no verão

Calor, estiagem e baixa vazão dos rios levaram o governo a orientar que prefeituras editem regras para proibir desperdício


Imagem ilustrativa da imagem Economia de água para não faltar no verão
Rio Jucu: boletim mostra a vazão próxima ao nível crítico. Rio Santa Maria também apresenta baixo nível de água |  Foto: Leone Iglesias/AT

O período de estiagem, as altas temperaturas e a baixa vazão dos rios levaram o governo a decretar Estado de Atenção. Com a ameaça de escassez hídrica, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) alerta que moradores, assim como empresas e agricultores, terão de economizar para não faltar água no verão.

Na resolução publicada na quarta-feira (22), a Agência faz recomendações sobre o uso racional dos recursos. Às prefeituras, a orientação é que editem regras para proibir desperdício, como lavar calçadas e veículos com mangueiras.

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Diretor técnico da Agerh, José Roberto Jorge revelou que a resolução foi fruto de avaliação de um grupo de instituições. “Devido à onda de calor e à baixa precipitação em novembro, estamos com as vazões dos rios reduzidas, ficando abaixo do registrado em 2022”.

Ele pontuou ainda a preocupação com rios como o Jucu e o Santa Maria da Vitória, que abastecem hoje 80% da população da região metropolitana. Os boletins de acompanhamento hidrológico das bacias dos dois rios mostram a vazão próxima ao nível crítico.

“Queremos chamar atenção de municípios, da sociedade capixaba e dos usuários de recursos hídricos para vazão dos rios. Todos temos de fazer a nossa parte e adotar ações preventivas, principalmente com a chegada do verão”.

Ele ainda ressaltou que a previsão é que o grupo de trabalho se reúna em 15 dias para avaliar a possibilidade de novas medidas. “Isso pode acontecer antes, caso a situação se agrave”.

Com relação ao abastecimento, a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) chegou a emitir um alerta na última semana sobre o risco do impacto da baixa vazão dos rios no abastecimento de 55 municípios atendidos.

A Companhia esclareceu, na quarta-feira (22), que todo o sistema está operando com sua capacidade total de produção de água. “Ao longo do ano, a Cesan fez manutenções preventivas em seus sistemas e mantém um investimento contínuo em tecnologias e na modernização dos seus equipamentos, visando aumentar sua eficiência e a regularidade no fornecimento de água”.

A Cesan disse que, para complementar o abastecimento, caminhões-pipa estão sendo disponibilizados. Equipes podem ser acionadas pelo WhatsApp 3422-0115.


Resolução

A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) publicou na quarta-feira (22) uma resolução em que declara Estado de Atenção diante da ameaça de escassez hídrica em rios do Espírito Santo. A resolução ainda faz recomendações de medidas voltadas ao uso racional da água em vários segmentos.

Recomendações

Prefeituras

Devem adaptar, em regime de urgência, seus Códigos Municipais de Postura para proibir e penalizar atividades de desperdício de água, tais como:

Lavagem de vidraças, fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com o uso de mangueiras.

Regar gramados e jardins.

Resfriamento de telhados com umectação ou sistemas abertos de troca de calor.

Molhar vias públicas e outras fontes de emissão de poeiras, exceto quando a fonte for o reúso de águas.

Companhias de Saneamento e Serviços de Água e Esgoto

Às empresas e organizações responsáveis pelo abastecimento de água, a recomendação é que realizem campanhas de incentivo à economia pela população, intervenções para redução do índice de perdas do sistema de distribuição, e a agilidade no atendimento às solicitações de reparos de vazamentos.

Indústrias

Devem adotar medidas de reúso, reaproveitamento e reciclagem de água.

Agricultura

Aos usuários e empreendedores agrícolas, a orientação é que adotem manejo adequado da irrigação, visando ao uso racional da água.

Órgãos Licenciadores

A Agerh recomenda aos órgãos responsáveis pelo licenciamento de atividades poluidoras ou potencialmente poluidoras que imponham aos empreendimentos a adoção de medidas para a ampliação do uso racional, do reúso e aproveitamento de águas residuais tratadas, da captação de águas de chuva e de ações de reflorestamento e conservação de água e solo.

Fonte: Agerh.


Prefeituras estudam ações para evitar desperdício

Diante das recomendações da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), prefeituras da Grande Vitória já preparam ações para reduzir o desperdício.

A Secretaria de Meio Ambiente da Serra está avaliando quais medidas serão adotadas. A prefeitura de Vila Velha disse que atenderá à resolução e apresentará ações para enfrentar a escassez hídrica.

Cariacica destacou que, em virtude da resolução, a Lei 5531/2015 determina fiscalização para prevenir o desperdício, sob pena de autuação e multa. Frisou que, inicialmente, a Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente vai atuar de forma preventiva, orientando moradores sobre o cumprimento das medidas recomendadas.

Em Vitória, a secretaria municipal de Gestão e Planejamento frisou que uma série de medidas estão sendo tomadas. Entre elas, foi publicada uma lei na última semana que estabelece a obrigatoriedade de captação e aproveitamento de água pluvial em novos prédios públicos. Além disso, a Secretaria de Meio Ambiente utiliza água não potável, de reúso, na irrigação diária das áreas verdes da cidade.

Seca como em 2016 está descartada?

Depois de enfrentar em 2016 a pior seca em 80 anos, com impactos no abastecimento da população, na agricultura e na pecuária, o Espírito Santo passa novamente por um cenário de risco. Mas será que podemos ter seca que supere 2016?

Diretor técnico da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), José Roberto Jorge afirmou que ainda é cedo para prever um cenário semelhante.

“Não acredito que aconteça, até porque esperamos chuva para dezembro e janeiro. No entanto, não temos controle sobre o clima. O fato é que estamos passando por um momento de mudanças climáticas, com eventos climáticos extremos, de inundações e seca, principalmente com a influência do El Niño”.

Ele enfatizou que as chuvas de novembro ficaram abaixo do esperado para o mês. “O El Niño ainda não atingiu seu pico, mas esperamos que a chuva chegue para que possamos atravessar esses três meses sem a necessidade de medidas mais restritivas”.

Ele destacou que para reverter a situação o ideal é que chova de forma distribuída e moderada, para que a água consiga se infiltrar no solo. “Chover 100 milímetros de uma só vez não seria interessante para reservação de água subterrânea nesse momento de solo muito seco”.

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