X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Diversão com circo itinerante em 10 bairros de Vitória

O espetáculo circense Fuscalhaços do grupo de artes cênicas Árvore Casa das Artes vai em locais periféricos da capital até junho


Imagem ilustrativa da imagem Diversão com circo itinerante em 10 bairros de Vitória
O Espetáculo Fuscalhaços visita bairros de periferia, levando arte e alegria para pessoas de todas as idades |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

O Fusca tem palhaçada? Tem, sim senhor! A alegria toma conta das ruas quando “roxinho” estaciona e os artistas começam o espetáculo. A diversão com circo itinerante teve início este mês e vai até junho, em 10 bairros de Vitória.

“Escrevemos um projeto que a gente fazia um cortejo pelas ruas da cidade, quando ainda havia pandemia. Hoje tem o Fusca, e é como se ele fosse uma lona itinerante, porque a gente sempre seleciona os bairros que são mais periféricos da cidade. É a possibilidade do circo, com muitos artistas, chegar a esses espaços onde nada chega”, afirma a atriz, palhaça e coordenadora de Gestão e Produção da Árvore Casa das Artes, Vanessa Darmani.

Sobre a sensação de se apresentar em bairros periféricos (onde a maioria da população é de baixa renda), Vanessa conta como são os pedidos que recebem das crianças.

“As crianças pedem para gente não ir embora. Na maioria das vezes, elas falam que nunca tinham visto aquele tipo de apresentação. Tem criança que fala que nunca viu o circo, que nunca foi ao circo. É surpreendente! A gente chega num lugar e a criança não tem no imaginário dela o que é um circo”, conta a artista.

O espetáculo é interativo, tem 1 hora de duração e, depois, há um bate-papo com o público. Por meio de um workshop com as crianças, elas têm contato com o material, com o equipamento profissional.

“A gente conta um pouco da história de cada assistente, da lona de circo tradicional, sobre gente do novo circo, que é do teatro. Temos um elenco bem variado”, explica a coordenadora.

Vanessa conta que hoje o novo circo é um “sem lona” e que até os circos de lona tradicionais têm se adaptado para ginásios.

“Hoje manter um circo com uma estrutura como existia antigamente é muito caro. Então, os artistas vêm se adaptando, como a gente se adaptou a um Fusca”.

A companhia de teatro é familiar e todos trabalham há mais de 20 anos em teatro.

As próximas apresentações acontecem em 16, 17, 18 e 19 de maio e 14, 15 e 16 de junho. Os locais ainda serão definidos pela Prefeitura de Vitória, segundo a assessoria da companhia.

O projeto já esteve este mês nos bairros Ilha de Santa Maria, Ilha das Caieiras e Jesus de Nazareth.

O espetáculo itinerante Fuscalhaços do grupo de artes cênicas Árvore Casa das Artes é contemplado pela Lei de Incentivo Cultural Rubem Braga, de Vitória.

Clássicos em “Dramaturgia da Palhaça”

Dentro das novas formas de fazer espetáculos circenses estão as mostras e festivais de mulheres palhaças, como o projeto “Dramaturgia da Palhaça” com a mostra “É o fim!”, que tem quatro números de palhaçaria criados a partir de obras clássicas e amplamente conhecidas no teatro – Hamlet (William Shakespeare), Antígona (Sófocles), Esperando Godot (Samuel Beckett) e A Falecida (Nelson Rodrigues).

As cenas apresentadas têm, aproximadamente, 10 minutos de duração cada uma e trazem, de diferentes formas, os temas da morte, do vazio e da solidão, sempre permeados com o humor presente na figura da palhaça Gina.

Além disso, entre as cenas, há o compartilhamento do processo de pesquisa e criação, realizado por Fernando Marques (diretor e dramaturgo) e Patricia Galleto (palhaça), seguido de um bate-papo com o público.

Fernando Marques conta que as obras originais foram tomadas como ponto de partida para a pesquisa sobre a criação dramatúrgica, de uma forma bastante livre.

Além disso, o diretor aponta que cada cena teve abordagens formais ou metodológicas particulares, de modo que há casos em que a fala foi mais explorada, porque era algo que interessava experimentar com a palhaça, e outros em que o foco esteve direcionado na relação com os objetos.

Segundo Patricia Galleto, um dos interesses de ambos nessa pesquisa foi investigar como essas narrativas poderiam ser transpostas para o universo tragicômico do palhaço.

“Foi muito desafiador colocar minha palhaça em contato com temas tão fortes, que são questões relevantes na minha vida. Mas, talvez, justamente por isso, tenha ido por esse caminho. Para minha surpresa, Gina faz isso com muito mais tranquilidade do que eu”, diz a intérprete.

O projeto, que teve início em outubro do ano passado, também compartilhou o processo de pesquisa e criação por meio de um blog alimentado com publicações semanais pelos dois integrantes. O conteúdo ainda pode ser acessado pelo link: https://dramaturgiadapalhaca.blogspot.com/.

O projeto “Dramaturgia da Palhaça” foi contemplado pelo Edital de Seleção de Projetos de Artes Cênicas no Espírito Santo (nº 10/2022), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: