Crea aponta diversos danos e recomenda troca da cobertura no Terminal de Itaparica
Engenheiros realizaram vistoria para verificar riscos no local
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O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) divulgou nesta quinta-feira (07) um relatório da vistoria realizada no Terminal de Itaparica, em Vila Velha. A equipe esteve no local para verificar as condições da cobertura do terminal, após danos durante as últimas chuvas que atingiram o Estado.
A membrana utilizada na cobertura do local foi avaliada depois que as chuvas danificaram o material. Foram identificados diversos pontos onde a membrana está danificada, com furos e rasgos, além da presença de parafusos e outros materiais de aço com pontos apresentando corrosão.
Segundo o relatório "estes danos e avarias necessitam de imediata correção ou mitigação pois representam riscos aos usuários e funcionários que trabalham no local".
De acordo com o Crea, durante as chuvas, há acúmulo de água nas membranas tensionadas, formando bolsões, que por vezes não são sustentadas e provocam a ruptura do material.
Após as constatações no local, o Crea recomendou a substituição total ou parcial da cobertura do terminal por outro material, que garanta a segurança dos usuários e funcionários. Enquanto a troca não é feita, a indicação é a realização de manutenção contínua.
A vistoria foi realizada no dia 19 de fevereiro, com objetivo de verificar o estado geral da cobertura e identificar possíveis riscos, assim como necessidades de intervenções para garantir a segurança da população que utiliza o terminal.
Veja fotos da vistoria:
Veja algumas constatações e considerações do Crea:
● A cobertura é composta por estrutura metálica e várias membranas
unidas;
● A captação de água das chuvas (precipitações) na cobertura é realizada
pelas membranas tensionadas e direcionada, por gravidade, para
dispositivos cônicos e posteriormente conduzida para tubos de PVC com
200 mm de diâmetros até sistema de drenagem urbana ou outro;
● O tensionamento das membranas é realizado por ancoragem em mastros
metálicos e estruturas, por cabos de aço;
● Foram constatados vários danos e avarias em diversos pontos das
membranas da cobertura do terminal. Entre eles, rompimentos, furos,
rasgos e descolamentos;
● Foram identificados e registrados pontos que denotam necessidade de
tensionamento em virtude de presença de ondulações e enrugamentos
não desejáveis na membrana;
● A equipe observou e registrou pontos de corrosão em parafusos e
grampos que fixam cabos de aço tensionados;
● As membranas apresentam manchas e aspectos com aparência de
fungos e/ou sujeiras;
● Presença de refletores elétricos fixados em cones metálicos próximos às
avarias, com risco de contato com umidade;
● Presença de tubulação hidráulica provisória, posicionada acima das
membranas. Conforme informações no local, o sistema tem por objetivo
realizar sucção de água acumulada na membrana durante precipitações.
● Conforme registros e informações obtidas e analisadas pela equipe,
durante as chuvas, tem ocorrido acúmulo e formação de bolsões de água
na membrana. O volume acumulado estimado projeta uma carga
aproximada de 5 toneladas ou mais, suspensa em pontos localizados na
membrana;
● Os esforços causados pelo grande acúmulo de água estão aumentando
os esforços solicitados na membrana, estrutura metálica e mastros;
● Foram montadas barreira com sacos de areia, na tentativa de conter fluxo
de água no piso do terminal ao entorno das avarias da membrana
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