CPI vai investigar zoológico do ES onde onça atacou filhote recém-nascido
Vídeo filmado por um grupo de alunos flagrou o momento do ataque. Segundo informações preliminares, a administração do zoo não sabia da gravidez
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de maus-tratos aos animais da Assembleia Legislativa de Vitória vai investigar o zoológico de Marechal Floriano onde um filhote de onça-pintada foi atacado ao nascer. A informação foi confirmada pela deputada estadual Janete de Sá na tarde desta quarta-feira (23).
De acordo com a parlamentar, a CPI irá apurar o caso e convocar os proprietários do zoológico para prestar esclarecimentos. "Como que os médicos veterinários não identificaram que uma fêmea estava prenha e prestes à parir e não isolou esse animal? Isso está claro para nós que é uma negligência", declarou a deputada em vídeo publicado nas redes sociais.
Entenda o caso
Nesta terça-feira (22), um grupo de alunos de uma escola pública da Serra flagrou o momento em que um macho de onça-pintada roubou um filhote recém-nascido e fugiu com ele na boca em um zoológico de Marechal Floriano, na Região Serrana do Estado.
Segundo informações da TV Tribuna/SBT, incialmente foi informado que o filhote não teria resistido. Porém, no fim da manhã desta quarta-feira, o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) informou por meio de nota que o filhote estava vivo e recebendo cuidados junto da mãe.
O momento do nascimento foi registrado pelos alunos, que não esperavam ver ao vivo um parto de onça. Eles estavam filmando o recinto dos animais quando a fêmea se distanciou do grupo e agachou. Momentos depois, o filhote nasceu, mas enquanto a mãe lambia a oncinha, um macho apareceu, pegou o filhote com a boca e fugiu do local.
Os alunos, então, começaram a gritar e chamar por funcionários e professores para ajudar a resgatar a pequena onça.
Em relato à TV Tribuna/SBT, o professor que acompanhava o grupo afirmou que a reação dos proprietários e funcionários do zoológico foi inesperada. Primeiro, de acordo com o professor, eles disseram não saber que a onça estava grávida, e só teriam acreditado no caso quando o vídeo foi mostrado.
Ele também contou que foi chamado em um local separado do grupo e que colaboradores do zoológico pediram que ele solicitasse aos alunos que deletassem as gravações dos vídeos, afirmando que não era ético divulgar o acontecido.
Um biólogo ouvido pela TV Tribuna/SBT disse que o comportamento de infanticídio praticado pelo macho é comum entre as onças, e que o zoológico teria que ter identificado que a fêmea estava grávida e a isolado do restante do grupo.
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