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Cidades

Clínicas de fertilização oferecem financiamento em até 36 vezes para ter filho

Tratamento de reprodução assistida pode ultrapassar R$30 mil


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Imagem ilustrativa da imagem Clínicas de fertilização oferecem financiamento em até 36 vezes para ter filho
Técnica de fertilização in vitro: doação reduz custos, já que elimina várias etapas como o preparo hormonal e a própria fertilização |  Foto: Acervo AT

Famílias com dificuldade de engravidar de maneira natural ganharam uma nova perspectiva com o financiamento do tratamento de reprodução assistida, que pode ultrapassar R$ 30 mil, em até 36 vezes. 

Uma clínica de Vitória já tem parceria com uma plataforma digital, que facilita o processo de contratação de empréstimos, atuando como correspondente bancário. Trata-se da plataforma Families, onde o parcelamento varia de 12 a 36 vezes e depende da análise de crédito, podendo ser feito em boleto ou cartão de crédito.

“A clínica envia o link para o paciente, após ele ter realizado a consulta, exames e receber a indicação de qual técnica será necessária para o caso dele. Dessa forma, ele recebe o orçamento da clínica e, se não puder fazer o pagamento  pelas formas oferecidas no local, então teria esse recurso para dividir a longo prazo”,  explica Méri Peterle, profissional do setor administrativo da clínica Jules White.

De acordo com a plataforma, o interessado faz uma simulação da parcela e realiza o cadastro. 

A plataforma então analisa o cadastro e aprova. Em seguida, é enviado um contrato para assinatura digital via e-mail, sendo o valor do procedimento depositado à  vista para a clínica e parcelado para o paciente, em boleto ou cartão de crédito, conforme o contrato.

Além disso, há outros tratamentos mais em conta, chamados de mini FIV (sigla para fertilização in vitro) ou FIV modificada.

“A intenção dos tratamentos de mini FIV é que os pacientes com menos condições de fazer uma FIV normal, por questões muitas vezes de custo, possam ter essa chance com tratamentos mais reduzidos”, destaca o médico Carlyson Moschen, diretor da Unifert.

“Normalmente, utilizamos medicamentos hormonais injetáveis, mas podemos usar também medicamentos orais para reduzir custos, já que os injetáveis têm um valor mais alto. A intenção é, ainda, ter menos óvulos para diminuir os gastos com laboratório para o paciente”, afirma o médico.

O ginecologista Ronney Guimarães, especialista em reprodução assistida, destaca que o processo da mini FIV é o mesmo da FIV tradicional. “Os resultados são semelhantes, mas precisamos considerar a idade da paciente, porque como teremos menos óvulos, a qualidade deles precisa ser boa para que consigamos ter sucesso”.

Doação de embriões é alternativa em clínicas

Imagem ilustrativa da imagem Clínicas de fertilização oferecem financiamento em até 36 vezes para ter filho
Bruno pimenta: 15 casais esperam por doação de embriões em clínica |  Foto: Heytor Gonçalves

Ainda que muitos casais recorram à fertilização in vitro para engravidar, nem sempre o procedimento leva ao sucesso. Para esses casais, a doação de embriões tem sido uma alternativa – mais em conta – para realizar o sonho de ter um filho.

Casais que fizeram a fertilização, mas tiveram embriões excedentes e acabaram não transferindo todos, muitas vezes, pelo custo da preservação e para não descartá-los, doam para os casais que não tiveram sucesso na fertilização. Ou seja, serão fetos com DNA de outras pessoas.

O embriologista Bruno Pimenta, da Jules White, disse que há, atualmente, 15 casais na espera por doação na clínica, todos com histórico de não conseguir a gestação com tratamento utilizando as próprias gametas.

“Nem o casal que doa e nem o que recebe tem conhecimento um do outro. Esses embriões são excedentes de tratamento. Há famílias que já conseguiram engravidar e, em vez de descartar os que sobraram, optaram por doar”, explica.

A doação, segundo o embriologista, ocorre em cerca de 10% dos pacientes que conseguiram ter filho. “Como a técnica é pouco difundida, geralmente os casais que querem receber o embrião são pacientes que não conseguiram alcançar a gravidez com seus gametas”. 

Segundo a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), a doação de gametas somente pode ser realizada a partir da maioridade civil, permanecendo o limite de 37 anos para mulheres e de 45 anos para homens.

“Tem termo específico para a doação. O ideal é que a mulher tenha até 37 anos e o homem, 45. Mas o CFM prevê exceções ao limite da idade feminina  desde que o receptor tenha essa informação”.

Ele frisa ainda que o receptor tem um custo menor, já que  pula várias etapas como o preparo hormonal e a fertilização in vitro.

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Saiba mais

Paciente faz simulação da parcela

Financiamento

- Casais que desejam engravidar e têm indicação de passar pela reprodução assistida agora podem financiar o tratamento em até 36 vezes.

- O financiamento pode ser feito  pela plataforma digital Families, que  facilita o processo de contratação de empréstimos, atuando como correspondente bancário nas diretrizes do Banco Central do Brasil.

- No Estado, já há clínica de reprodução em parceria com a plataforma.

Processo

- A clínica envia o link para o paciente, após ele ter realizado a consulta,  exames e receber a indicação de qual técnica será necessária para o caso dele. Dessa forma, ele recebe o orçamento da clínica e, se  não  puder fazer o pagamento  pelas formas oferecidas pelo local, então haveria esse recurso para dividir a longo prazo.

- Na plataforma, o paciente  faz uma simulação da parcela e realiza o cadastro. A plataforma então analisa o cadastro e aprova. Em seguida, é enviado um contrato para assinatura digital via e-mail, sendo o valor do procedimento depositado à  vista para a clínica e parcelado para o paciente, em boleto ou cartão de crédito, conforme o contrato.

- A plataforma oferece  planos de 12, 18, 24, 30 e 36 meses para pagar.

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Mãe e bebê: plataforma de financiamento oferece planos de 12, 18, 24, 30 e 36 meses para pagar tratamento de reprodução assistida |  Foto: Acervo AT

Mini FIV

Na mini FIV, são usadas doses menores de hormônios, associando medicamentos orais e injetáveis para reduzir custos. A intenção também é ter menos óvulos para diminuir os gastos  no laboratório para o paciente.

Fonte: Famílias e especialistas consultados.

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