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Cidades

Campeão de basquete ajuda a transformar a vida da garotada

Alessandro Casé comanda o projeto Basquete na Praça, que ensina o esporte e também como viver em sociedade


Imagem ilustrativa da imagem Campeão de basquete ajuda a transformar a vida da garotada
Alessandro Casé com algumas crianças e adolescentes que participam do projeto social criado por ele para ocupar espaços e mudar realidades |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Fera dentro e fora das quadras, o capixaba Alessandro Casé, de 47 anos, é uma estrela do basquete e dá show de responsabilidade social.

Com 34 anos de paixão pelo esporte, sendo 23 como atleta de alto rendimento e 11 na categoria master, hoje ele é articulador de um projeto social que ajuda a transformar a realidade de cerca de 300 crianças e adolescentes de bairros de Vitória, com ensinamentos sobre o esporte e sobre viver em sociedade.

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O amor pelo esporte foi tanto que passou de pai para filho. Andrew dos Santos, de 14 anos, filho de Casé, está seguindo os mesmos caminhos do pai no basquete. Apesar de jovem, já mede 1,85 metro de altura. Andrew conta que a paixão pelo esporte surgiu naturalmente e que o pai é uma inspiração para continuar melhorando cada vez mais. “Eu e meu pai sempre fomos unidos, mas sinto que compartilharmos a mesma paixão acabou nos unindo mais ainda. Ele é uma inspiração para eu que eu continue nas quadras ”, afirmou. |  Foto: Leone Iglesias/ AT

O projeto Basquete na Praça foi idealizado, pensado e criado em 2016, com o intuito de ocupar espaços e mudar a realidade de crianças e adolescentes, levando ensinamentos sobre o esporte e tudo o que envolve a vida de um atleta, como trabalhar em equipe, por exemplo.

“O projeto começou no Jabour, em uma quadra que precisava ser ocupada. O tráfico estava dominando e eu queria fazer algo pela comunidade. Sempre tive também o intuito transformar a realidade de crianças e adolescentes, ampliando os horizontes e ensinando habilidades como o trabalho em equipe”, contou Casé.

Hoje, o Basquete na Praça acontece em três quadras. No Bairro República, em Goiabeiras e em Jardim Camburi. “Podem participar do projeto crianças de 6 a 18 anos. É gratuito, mas a criança precisa estar estudando”.

“Aqui no projeto nós cobramos isso e cobramos também dos pais que se façam presentes na vida escolar do aluno e que o acompanhe de perto nas notas e no desenvolvimento social. Sempre falo que ‘bom de bola é bom na escola’. Então, eu falo para o pai: se estiver ruim na escola, não precisa nem trazer. Só me avisa”, explicou.

Master

Alessandro Casé, ou simplesmente Casé, carrega no peito a paixão pelo basquete e na bagagem muita história, além de coleções de títulos no basquete tradicional e também pela seleção brasileira master 3x3.

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O aposentado Maurício dos Santos, de 67 anos, é pai do Lucas Borges, de 11 anos, estudante e aluno do projeto Basquete na Praça. “Depois que matriculei o Lucas no projeto, percebi nele uma melhora tanto em se relacionar na sociedade com outras pessoas e com os colegas, como na concentração e disciplina. Notei uma melhora nas notas da escola. O que ele aprender aqui será para sempre”, conta Maurício. |  Foto: Leone Iglesias/ AT

“Há 11 anos faço parte da seleção brasileira master 3 x 3 e 5 x 5. Quando estava encerrando minha carreira profissional, em 2012, fui convidado pela Federação Brasileira de Basquetebol Master (FBBM) para participar do meu primeiro mundial, na Grécia, na categoria 35+, onde me consagrei campeão mundial. De lá para cá, já são três títulos mundiais, um campeonato Pan-Americano, três brasileiros e dois sudeste”.

Casé contou ainda que esteve recentemente no México para uma disputa na categoria 40+.

“Eu, com 47 anos, jogando com meninos de 40, é uma diferença enorme. Mas fui campeão mundial e me consagrei o melhor atleta master da minha categoria e também campeão mundial. Neste campeonato ficamos em quinto lugar”.

Saudáveis e longe da criminalidade

Além de ensinar uma nova modalidade de esporte às crianças e aos adolescentes que participam do projeto, o Basquete na Praça busca ser um agente de socialização, com o objetivo de manter as crianças longe das drogas e da criminalidade.

“Eu cobro o acompanhamento escolar das crianças pelos pais e mantemos um diálogo sobre o desenvolvimento social de cada um dos filhos deles. Além do esporte, nós ensinamos lições que eles levarão para o resto da vida”, diz Alessandro Casé, criador do projeto.

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Aqui, além dos ensinamentos do basquete, nós passamos aos alunos lições que eles levarão para o resto da vida” Alessandro Casé, criador do projeto Basquete na Praça |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Na modalidade aprendida em quadra, a regra é clara. O jogo só acontece com trabalho em equipe e confiança nos colegas que estão em quadra.

O nome 3x3 ou 5x5 se deve ao número de jogadores em quadra. No 3x3, são três jogadores de cada time. Assim como no 5x5 são cinco jogadores de cada time.

Ele explica que esse é um jogo muito rápido. “São 10 minutos ou 21 pontos. Então, quem estiver na frente em 10 minutos, ganha o jogo; assim como quem fizer 21 pontos primeiro. O objetivo é fazer com que a bola entre na cesta”, ressalta.

Casé explica ainda que a ideia é que, futuramente, o projeto cresça cada vez mais, se expandindo para outras comunidades. Mas, para isso, ele observa que é necessário ter condições.

“Iniciaremos um projeto itinerante de basquete 3x3 que a cada mês vai estar em uma comunidade. É um evento. Quero levar o basquete 3x3 para dentro das comunidades, levando uma esperança”, revela.

A primeira edição vai acontecer no dia 25 deste mês (sábado que vem), na praça de São Pedro, na nova orla, em Vitória, e uma vez por mês se fazendo presente nos diversos bairros da cidade.

“Essa é a ideia. Trazer jovens, adultos, meninos, meninas, mulheres, para participar. E, claro, com isso você traz também a família. Crianças vendo crianças jogando e se inspirando. Jovens vão ver jovens jogando. O intuito é levar isso para dentro das comunidades”.

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