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Brasil

Estudante de 14 anos é suspeito de forjar nudes de colegas com IA

Caso foi descoberto depois que ele compartilhou inúmeras imagens com colegas, que alertaram a direção da escola


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Mães de alunas de uma escola particular de Sorocaba, no interior de São Paulo, procuraram a Polícia Civil para relatar a produção de nudes falsos com imagens das jovens usando inteligência artificial. O suspeito é um adolescente de 14 anos, colega das vítimas.

A ocorrência foi registrada na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) no último dia 13.

Segundo a Polícia Civil, os estudantes fizeram uma viagem de acampamento para a cidade de Sapucaí-Mirim, em Minas Gerais. Lá, com celular, o adolescente fez várias fotos das colegas vestindo biquínis.

Depois, usando inteligência artificial, o garoto alterou as imagens para simular que as estudantes estavam nuas.

O caso foi descoberto depois que ele compartilhou inúmeras imagens com colegas, que alertaram a direção da escola.

Procurado, o Colégio Uirapuru afirma ter tomado conhecimento de que, "lamentavelmente, fotos de algumas alunas foram alteradas por meio de um aplicativo de inteligência artificial e, desde então, estamos acompanhando as apurações dos fatos".

Em nota, a instituição afirma que trata o caso com a "maior sensibilidade possível" por envolver menores e que conta com a confiança das famílias.

"Sempre trabalhamos no intuito de formar alunos conscientes do uso responsável das novas tecnologias, através de palestras e projetos internos, pois entendemos que essa é parte da nossa missão na educação de cidadãos empáticos e responsáveis. Sabemos da confiança das famílias no colégio e agradecemos por isso", afirma.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou que o caso foi registrado na DDM de Sorocaba como ato infracional análogo a utilizar-se de criança ou adolescente em cena de sexo explícito.

Por se tratar de uma ocorrência envolvendo menor de idade, o caso será encaminhado à Vara da Infância e Juventude, de acordo com a pasta da segurança, para que o Ministério Público aplique a medida socioeducativa mais adequada. A Promotoria afirma que ainda não recebeu o caso.

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