Tecnologias ampliam produção de inhame no Espírito Santo
Além disso, variedade nova e mais produtiva do tubérculo tem ajudado a impulsionar o desempenho das lavouras no Estado
 
	A produção de inhame no Espírito Santo teve crescimento e ganho de produtividade. Embora a área plantada tenha recuado de 3.632 hectares, em 2021, para 3.496 hectares, em 2022, o rendimento médio passou de 27.905 kg por hectare para 30.779 kg, de acordo com dados da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).
Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a adoção de novas tecnologias de manejo do solo e a introdução de uma variedade mais produtiva impulsionaram o desempenho das lavouras. Antes predominava o tipo São Bento, mas o macaquinho vem conquistando espaço.
A variedade apresenta maior resistência, durabilidade nas prateleiras e peso superior.
O extensionista do Incaper em Alfredo Chaves, João Medeiros, destaca que práticas como calagem e gessagem, que corrigem a acidez e enriquecem o solo com nutrientes, além de ferramentas modernas de agricultura de precisão, como telemetria e sistemas de informação geográfica (SIG), têm sido determinantes para o avanço da cultura.
“A calagem e a adubação aplicadas no momento certo são essenciais. Cada vez mais, os produtores recorrem a adubos orgânicos e químicos e colhem ótimos resultados. A irrigação também é indispensável para o desenvolvimento do inhame. Muitos agricultores investem nessas técnicas e reduzem o espaçamento entre as plantas, o que eleva a densidade por hectare e, consequentemente, a produtividade”, explica.
Reconhecida como a Capital Nacional do Inhame, Alfredo Chaves lidera a produção capixaba do tubérculo, respondendo por 28,41% do total estadual.
 
	Entre os produtores mais conhecidos está Jandir Gratieri, pesquisador e diretor-executivo da Associação dos Produtores de Inhame, em São Bento de Urânia, distrito de Alfredo Chaves.
À frente da marca “O Rei do Inhame”, ele mantém a tradição familiar de cultivo, transmitida de geração em geração.
“Eu sempre plantei o tipo São Bento, que é o mais tradicional da região, mas o macaquinho abriu uma nova oportunidade. Ele tem se mostrado mais lucrativo, com boa aceitação no mercado e ótima durabilidade. É um caminho que promete fortalecer ainda mais o mercado”, finaliza Jandir.
Saiba Mais
Maior produtividade no Espírito Santo
O Espírito Santo registrou aumento na produtividade do inhame entre 2021 e 2022.
Mesmo com a diminuição da área plantada, de 3.632 hectares, em 2021, para 3.496 hectares, em 2022 — uma queda de 3,75% —, houve crescimento de 10,3% no rendimento médio, que passou de 27.905 quilos por hectare para 30.779 quilos.
Novas variedades de inhames nas lavouras
A introdução de variedades mais resistentes e produtivas, especialmente o tipo macaquinho, que vem substituindo gradualmente o tradicional São Bento, tem contribuído para esse desempenho.
O macaquinho apresenta maior durabilidade nas prateleiras, peso superior e melhor aceitação comercial, fatores que aumentam a rentabilidade dos produtores.
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