VÍDEO | Federal apreende mais de R$ 5 milhões na casa de hacker em Cachoeiro
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A Polícia Federal encontrou R$ 7,2 milhões na casa do homem acusado de ser um dos maiores hackers do País, na manhã desta quarta-feira (3). No primeiro momento, o delegado da PF, Leonardo Rabelo, havia informado que o valor estaria entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões.
De acordo com ele, o volume de dinheiro é tão grande, que eles só conseguiram contabilizar tudo no final da tarde desta quarta (3).
Todo esse montante foi encontrado na casa dos pais do homem, de 32 anos, preso em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, durante a Operação Creeper, e também na casa de um outro alvo da operação.
"O dinheiro estava distribuído na casa do alvo principal, na casa dos seus pais, que estava sendo utilizada como local de fachada, de menor suspeita, muito embora não houvesse nenhuma suspeita em relação a ele, porque ele se preocupava em não exteriorizar, os ganhos ilícitos que ele vinha obtendo. Para não chamar a atenção", contou o delegado.
Ainda de acordo com Leonardo Rabelo, a Polícia Federal tem certeza de que ainda há mais dinheiro envolvido no esquema.
"No transcorrer da investigação, nós detectamos, em três anos, aproximadamente R$ 2 milhões de movimentação financeira, mais R$ 647 mil em três meses recentes, e hoje nós encontramos de R$ 5 a 10 milhões, então não temos dúvida nenhuma de que existe muito mais por trás disso. Os elementos de provas que nós estamos obtendo hoje vai nos permitir avançar ainda mais", afirmou Rabelo.
Investigado há um ano
Segundo a polícia, o acusado, que era investigado há um ano por integrar uma associação criminosa que fraudava contas bancárias e lavava dinheiro no exterior, criou um programa de computador que enviava várias mensagens via rede social com uma história e um link com vírus.
Quando a vítima clicava no vírus, o hacker conseguia acessar remotamente o celular dela e estudava o perfil da pessoa. Os alvos considerados mais “interessantes” para o grupo viravam vítimas de transferências bancárias para contas clonadas no Brasil. O dinheiro era lavado no exterior.

A primeira movimentação fraudulenta atribuída ao investigado aconteceu em 2015, em contas da Caixa e do Banco do Brasil. A Polícia Federal soube do caso há um ano e começou a apurar.
Ao cumprir o mandado de busca e apreensão na casa do acusado, os policiais encontraram anabolizantes sem registro e prenderam o hacker em flagrante. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Guarapari e em São Paulo.
“Os investigados responderão pelos crimes de invasão a dispositivo de informática, de produção de programa para a invasão, de furto mediante fraude, de associação criminosa com a prática de mais de um crime através de no mínimo 03 pessoas e, por fim, em face da ocultação de movimentação financeira proveniente da prática dos crimes comprovados de lavagem de dinheiro”, explicou a PF.
Esta matéria foi atualizada às 17h19 desta quarta (3)
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