Até morfina pode reprovar no exame antidrogas para tirar a primeira habilitação
Obrigatoriedade do exame toxicológico foi estendida para motoristas das categorias A e B
Motoristas devem ficar atentos: entre as alterações nas regras para tirar a carteira de motorista está uma novidade que diz respeito ao exame toxicológico. Agora, segundo o Ministério dos Transportes, o teste será obrigatório para motoristas das categorias A e B. Essa exigência é apenas para aqueles estão no processo de tirar a primeira habilitação.
Até agora, era exigido o exame apenas para motoristas das categorias C, D e E. Com a alteração, futuros motoristas devem ficar atentos às substâncias que são identificadas no exame, que são proibidas e podem impedir o aluno de conseguir sua CNH.
De acordo com Débora Dummer Meira, professora do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), entre as substâncias que são fiscalizadas no exame está a morfina, um potente analgésico opioide utilizado para o alívio de dores intensas, tanto agudas quanto crônicas.
“Caso a pessoa tenha feito uso de morfina, deverá apresentar a devida comprovação médica”, ressalta.
Outras substâncias identificadas no exame são maconha (THC, carboxi-THC), cocaína (benzoilecgonina, cocaetileno, norcocaína), anfetaminas e outros estimulantes (metanfetaminas, MDA e ecstasy), mazindol, anfepramona, femproporex e opioides, além da morfina, heroína e codeína.
O exame toxicológico é realizado em fios de cabelo ou pelos porque as substâncias circulam no sangue, o qual irriga o folículo piloso e incorpora a droga ao pelo em formação.
“A análise é feita a partir desse material, por meio de técnicas laboratoriais de alta precisão. Ela permite identificar a exposição por um período de três dias até 90 dias ou mais. Revela a exposição às drogas nos últimos 3 meses ou mais”.
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