A integração dos dados e da IA no centro das decisões
Por que adotar cultura de dados é essencial antes de avançar para a era da IA
Leitores do Jornal A Tribuna
A Inteligência Artificial é uma realidade em crescimento de usuários e, cada vez mais, as empresas buscam a IA como recurso estratégico nas operações. O ChatGPT chegou ao marco de 800 milhões de usuários semanais, segundo o CEO da OpenAI. Segundo pesquisa global realizada pela McKinsey em 2025, 88% das empresas estão usando a IA.
De fato, entramos na era da IA, porém, para avançarmos rumo a um cenário em que ela seja um pilar das decisões e das operações corporativas, integrada de forma orgânica aos departamentos, é indispensável passar, primeiramente, pela era dos dados e consolidar essa cultura dentro das organizações.
São esses dados que hoje alimentam a IA e, por isso, é importante conhecer a sua linguagem. Mas, para que a IA utilize dados de qualidade, é necessário entender a fonte de informação que a ferramenta busca e organiza. Os dados mais usados no treinamento de IA são as informações disponíveis em redes sociais, sites e blogs, notícias, código aberto, Wikipédia, livros em domínio público e pesquisa pública.
Sem entender a origem dos dados, não se consegue entender como a IA funciona. Existem muitos mitos em relação ao uso de dados e da IA, por exemplo, desde como fazer as perguntas até a crença de que são necessários muitos dados para se analisar. A verdade é que usar a IA é sobre dar os melhores comandos (prompts) para ter mais qualidade nos dados para as análises e decisões. Os melhores comandos são aqueles estruturados tendo o conhecimento de quais são as fontes que a IA utiliza para organização das respostas.
A IA Generativa possui o papel estratégico de produzir e acelerar o uso de conteúdos, dados e documentação. Com diversas IAs disponíveis para acesso, a grande questão não é qual ferramenta utilizar, mas sim como gerar valor, buscando melhorar a produtividade e a entrega para o cliente.
A IA pode trazer o impacto incremental na melhoria de produtos, serviços ou processos com foco na geração de valor para os clientes, pensando em eficiência e competitividade. Por exemplo, nos serviços, a IA pode trabalhar na experiência personalizada do cliente. Já nos processos, pode otimizar diversas frentes como Marketing, RH e Logística, buscando a qualidade e produtividade.
A disseminação de habilidades, compreensão da IA e dos dados em todos os departamentos tem relevância estratégica para promover a mudança de mentalidade e consolidar a cultura Data Driven e AI-First, conceito definido para as empresas que colocam a IA no centro da operação e decisões, tornando os serviços ágeis e inovadores. Associando essas frentes, a empresa terá mais informações para compreender as transformações do mercado e do público consumidor.
Ser uma organização Data Driven é um chamado para ação visando tomar decisões com base em levantamento de dados de qualidade, o que, alinhado com a experiência, equilibra intuição e evidências para planejar as mudanças de forma mais segura. A integração da IA nas estratégias e na operação da organização representa sobrevivência, e os dados utilizados de forma inteligente garantem a evolução do negócio. Esses dois fatores combinados podem gerar uma grande vantagem competitiva.
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Tribuna Livre,por Leitores do Jornal A Tribuna