Colatina: cultura, lazer e gastronomia na Rota da Pereveca
Em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, um grupo de empreendedores oferece um passeio por memórias e sabores
A Princesa do Norte, na região Doce Pontões Capixaba, proporciona a moradores e visitantes um passeio que desperta os sentidos: belas paisagens, cultura viva, sabores marcantes e histórias que conectam passado e presente fazem parte da Rota da Pereveca, em Colatina.
Antes de passear por atrativos, porém, é interessante saber a origem do nome do município, bem como por que ele mereceu ser apelidado com título de realeza.
Em 1899, o desembargador Afonso Cláudio homenageou Dona Colatina, esposa do ex-governador José de Melo Carvalho Muniz Freire, que, aliás, também dá nome a uma cidade capixaba.
Justificada a escolha, resta entender o porquê da alcunha. No século passado, Colatina viveu um tempo de pujança econômica, o que lhe rendeu o apelido de Princesa do Norte. E até hoje, vale destacar, o município é próspero. Atualmente, figura entre os que mais se desenvolvem no Espírito Santo e é reconhecido pela excelente qualidade de vida.
A cidade boa para se viver também vem se destacando como cidade boa para visitar, e a Rota da Pereveca está entre as iniciativas para fortalecer o turismo. Nos distritos de Boapaba e Baunilha, ela é um convite para viajar no tempo e saborear tradições que resistem por gerações.
São mais de dez paradas, entre lugares históricos, agroindústrias, hospedagens e restaurantes. E a rota está sempre se reinventando.
Mas nem todo mundo conhece a pereveca. A iguaria é inspirada num pão de origem alemã, o Birewegge, que, na boca do povo, passou a ser chamado pereveca.
E não foi só a pronúncia que mudou. A Eliane Borghi Casotti conta que a receita é uma adaptação dos imigrantes alemães, que, ao chegarem por aqui, na falta de pera, figo e nozes, passaram a usar banana, amendoim e cachaça. “É uma receita de família que passa entre as gerações”, disse a dona da Delícias da Eliane, em Boapaba.
E não é só a pereveca que resgata a herança alemã. No Casarão Nippes, em Córrego Santinho, a dona Horlandezan Nippes preserva cada cômodo da casa, que pertenceu aos pais dela. Os afrescos nas paredes, os objetos do museu e os livros da biblioteca proporcionam uma viagem no tempo.
Outro atrativo é o Sítio Vovô Arlindo, em Córrego Jacarandá, propriedade com espaço para eventos, hospedagem de grupos e um cenário ideal para curtir dias de lazer em conexão com a natureza.
Aonde ir
Dicas de Atrativos
Charme e beleza em Itapina
Itapina é um distrito histórico de Colatina. Além de ter belas paisagens, que rendem registros fotográficos belíssimos à margem do Rio Doce, o lugar possui um conjunto arquitetônico de casarões, construídos em estilo rococó, e atrativos culturais, como o Museu Virgínia Tamanini; religiosos, como a Igreja de Santo Antônio, e locais com produtos da culinária e do artesanato da região.
No mundo das abelhas
Em Colatina, a meliponicultura é um atrativo turístico. O Jardim do Mel, em Itapina, é um empreendimento dedicado à criação e ao manejo de abelhas sem ferrão, e proporciona aos visitantes uma imersão na Mata Atlântica.
Às margens do Rio Doce, são criadas mais de 16 espécies de abelhas. Durante o passeio, os participantes fazem degustação de méis e de receitas produzidas com eles. Depois do tour, tem lanche e venda de kits montados com oito tipos de mel produzidos no meliponário, combinados com outras delícias.
O agendamento da visita precisa ser feito pelo telefone: (27) 99617-3207 ou pelo e-mail [email protected].
Maior Cristo Redentor do Espírito Santo
Colatina é abraçada por um Cristo Redentor gigante, e quem visita a cidade aproveita para chegar pertinho dele e ter essa sensação também.
Inaugurado em 1976, no bairro Bela Vista, tem 35,5 metros de altura, dos quais 20 metros são da estátua e 15,5 metros do pedestal. Ele foi esculpido pelo artista autodidata Antônio Francisco Moreira, o mesmo que fez os Cristos de Mimoso do Sul, na Região Sul Capixaba dos Vales e Café, e de Guaçuí, no Caparaó Capixaba.
Esse é o maior Cristo Redentor do Espírito Santo e o terceiro maior do Brasil, ficando atrás apenas das estátuas existentes no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro.
Além de conhecerem um dos principais cartões-postais de Colatina, os turistas que o visitam apreciam uma vista panorâmica da cidade e do Rio Doce. Fica aberto para visitação todos os dias, das 8 horas às 17 horas. O acesso é gratuito.
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