Paixão por tecnologia em clubes de programação em escolas de Vitória
Escolas desenvolvem projetos de robótica que servem para aproximar os alunos do universo digital e da tecnologia
Cada vez mais presentes no cotidiano, aplicativos e ferramentas de Inteligência Artificial vêm impulsionando iniciativas escolares que aproximam estudantes do universo digital.
Em Vitória, dois exemplos se destacam: o Clube de Programação do Centro Educacional Leonardo da Vinci e o projeto de Robótica Educacional do Sesi, que nasceram da mesma percepção: o de que a tecnologia já faz parte da vida dos jovens e pode ser um poderoso instrumento de aprendizagem.
Fabiana Ferrari, coordenadora do Centro Educacional Leonardo da Vinci, conta que a iniciativa visa à aprendizagem de linguagens de programação básica a partir de plataformas como Scratch e Code, e a ideia surgiu ao perceber o interesse crescente dos alunos por esse tipo de aprendizado.
“Ele é um clube que foi desenhado por alunos para alunos. Ele começou neste ano e os encontros acontecem toda sexta-feita, fora do horário escolar, para cerca de 20 alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental. Quem ministra são também alunos, porém do 9º ano”.
O clube não é obrigatório, e a adesão acontece de forma espontânea. A participação, porém, surpreendeu: “Os estudantes abraçaram o projeto. Hoje, eles mesmos propõem desafios e colaboram entre si”, destaca.
Essa faixa etária tem muito interesse em jogos eletrônicos, então é o que a maioria dos alunos do clube desenvolvem. “São jogos com desafios, com enigmas, que eles bolam e depois colocam em prática. Eles jogam entre si”.
No Sesi, a movimentação é semelhante. A Robótica Educacional nasceu da vontade de integrar tecnologia e resolução de problemas. Segundo Bruno de Castro, professor de robótica do Sesi de Jardim da Penha, o objetivo principal é criar experiências práticas.
“Os alunos aprendem programação enquanto constroem e colocam os robôs para funcionar. Isso desperta autonomia, criatividade e trabalho em equipe”, afirma.
A escola é operadora oficial da First do Brasil, um torneio de robótica. Por lá, são 25 alunos de 11 a 18 anos, divididos em três equipes que desenvolvem os projetos no contraturno.
No Sesi, participação também não é obrigatória, mas tem adesão alta. “Eles se encantam quando veem o robô executando um comando que eles mesmos programaram”, completa Bruno.
Alunos viram professores
Clube de Programação
A iniciativa do Centro Educacional Leonardo da Vinci visa à aprendizagem de linguagens de programação básica a partir de plataformas como Scratch e Code.org.
Os conteúdos são ministrados pelos próprios alunos, que no clube são professores. O público-alvo são também alunos da escola, de séries anteriores.
A participação é voluntária, mas os interessados precisam fazer uma prova elaborada pelos alunos com supervisão dos professores de Matemática da instituição.
Atualmente, o projeto conta com cerca de 20 alunos dos 6º e 7º anos do ensino fundamental. Os encontros são realizados sempre às sextas-feiras, fora do horário escolar.
Robótica Educacional
No SESI, a programação acontece junto com a robótica, que está na grade curricular e em atividades de contraturno (equipes de competição).
A robótica é obrigatória no 9º ano, mas durante todos os outros períodos os alunos mantém contato.
Competições
O projeto está centrado na metodologia do protagonismo juvenil, no qual eles são os responsáveis por criar os robôs e desenvolver os projetos.
As competições são a extensão prática desse aprendizado, organizadas por equipes que treinam em horários adicionais. Por lá são 25 alunos de 11 a 18 anos, divididos em três equipes.
Para participar, os alunos são selecionados através de processo seletivo. Eles treinam no contraturno.
Além disso, a escola é operadora oficial da First do Brasil, um torneio de Robótica.
Fonte: Escolas citadas.
Opiniões
"Os estudantes abraçaram o projeto. Hoje, eles mesmos propõem desafios e colaboram entre si. Eles criam, na maioria das vezes, jogos com desafios, enigmas que eles bolam e depois colocam em prática e jogam entre si”- Fabiana Ferrari, coordenadora do Centro Educacional Leonardo da Vinci
"No Sesi, a robótica existe na escola e inclusive faz parte da grade curricular do 9º ano, mas todos os alunos estão sempre indo com os professores para o laboratório aprender alguma coisa ou fixar melhor conteúdos que viram na teoria” - Bruno de Castro, professor de robótica do Sesi de Jardim da Penha
O que a educação fez por mim
“Sou filha do interior de Minas Gerais, de uma família com sete filhos e de uma história construída com simplicidade, afeto e coragem. Cresci em uma casa onde meus pais estudaram até a 4ª série, mas cultivaram em mim valores que nenhuma escola poderia ensinar: a importância da honestidade, do trabalho e da generosidade.
Em meio a esse cenário, fui a primeira a concluir uma faculdade, um sonho que parecia distante. Mais tarde, tive a oportunidade de oferecer à minha irmã mais nova aquilo que a educação havia me dado: a chance de construir um futuro diferente. Ela não apenas concluiu sua graduação como seguiu até o mestrado.
Saí de casa aos 14 anos, movida pelo desejo de abrir novos horizontes. Foi trabalhando em uma escola que descobri minhas primeiras referências.
Escolhi a Pedagogia com o coração aberto e segui com firmeza: especializei-me em psicopedagogia e finalizei minha formação pela Escola de Psicopedagogia de Buenos Aires. Cada etapa foi vivida enquanto equilibrava carreira, estudo, casamento e maternidade.
Cresci em ambientes simples, mas ricos em humanidade: moda de viola, histórias contadas ao pé do fogão a lenha, risadas de irmãos e memórias que hoje moldam meu olhar atento ao outro. Esses elementos forjaram em mim a sensibilidade que levo ao meu trabalho.
E é essa sensibilidade que hoje encontro no Instituto Ponte, onde dedico meus dias a acompanhar jovens em suas jornadas. Vejo neles a mesma chama que um dia me fez sonhar longe: o desejo de transformar suas realidades. Meu papel é, acima de tudo, cultivar neles a certeza de que o conhecimento é uma força capaz de mudar destinos”.
Leia Braga, coordenadora de Parcerias e Projetos do Instituto Ponte
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