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Comentários sobre o futebol, os clubes e os craques do esporte mais popular do planeta
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
A polarização em torno dos mais básicos interesses de Flamengo e Palmeiras está levando o futebol brasileiro a um cenário perigoso e desgastante. As narrativas estão cada vez mais tóxicas e o que era para ser elogiável disputa no campo de jogo entre dois clubes que ao longo de quase dez anos se destacam pela eficiência administrativa tomou as redes sociais como uma batalha, quase ideológica, entre o mal e o bem.
O julgamento do recurso do Flamengo à pena de 12 jogos de suspensão imposta ao atacante Bruno Henrique, sessão realizada na quinta-feira (13) no pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi mais um cenário dessa batalha subliminar travada nos bastidores do futebol brasileiro. Um fórum constrangedor onde, salvo as falas de um ou outro guardião da ética e da lisura do jogo, pouco há para ser elogiado.
E reparem que estamos falando da instância máxima da Justiça esportiva do futebol nacional.
Bruno Henrique havia sido condenado aos 12 jogos por uma Comissão Disciplinar do STJD em setembro, após inquérito da PF sobre manipulação de resultados em benefício de apostadores de sua família.
Acabou enquadrado em vários artigos do Código de Justiça Desportiva (CBDF) em especial no 243-a (atuar de modo a influenciar o resultado da partida)
Mas nesta quinta-feira (13), na apreciação dos recursos da defesa e da própria Procuradoria do Tribunal, que achava a pena branda, o pleno do STJD foi unânime em considerar grave o fato de ter vazado informações estratégicas a apostadores, mas desconsideraram a hipótese de manipulação e ignoraram a vigília da ética e da lisura que deveria ser o dever primordial do tribunal esportivo de última instância.
Me chamou atenção a fala da auditora Mariana Barreira ao salientar que o pleno do STJD não deveria normalizar a ação confessa de tirar proveito do cometimento de uma infração.
E vazar informações sensíveis, o que fere a ética do jogo. “O compartilhamento afeta a integridade esportiva. Lealdade e ética são valores que não estão à disposição do clube ou do atleta para ser utilizada de acordo com a conveniência. E o tribunal tem o dever de não normalizar isso…”
O julgamento não absolveu Bruno Henrique. O que mudou foi a interpretação quanto à gravidade do ato e suas consequências danosas para o futebol brasileiro. Quer apostar que a polêmica ainda não terminou?
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