Ancelotti 2030
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O episódio desagradável das falas xenofóbicas proferidas pelos ex-técnicos Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira durante o fórum dos treinadores brasileiros realizado na última terça-feira (4) na sede da CBF acabou gerando desagravos que fortaleceram a presença do italiano Ancelotti no comando da seleção. A ponto de começar a ganhar corpo nos bastidores a ideia de pressionar o presidente da entidade, Samir Xaud, a antecipar a renovação do contrato do treinador por mais um ciclo, estendendo-o até 2030.
Carlo Ancelotti, com sondagens do Manchester United para o pós-Copa, completou no último 10 de junho seus 66 anos de idade.
E terá 71 no Mundial a ser disputado paralelamente em seis países - Portugal, Espanha, Marrocos, Argentina e Paraguai, com jogo de abertura no Uruguai, campeão na primeira edição, em 1930.
O carisma, a boa reputação e a rápida adaptação aos ritos da função no país que cobra mais do treinador da seleção do que dos chefes de estado reverteram as expectativas dos mais céticos.
E as falas deselegantes de Leão e Oswaldo de Oliveira fizeram ecoar nos bastidores da entidade a preocupação até então tratada entredentes: a importância de o presidente atual não repetir o erro do antecessor Ednaldo Rodrigues, seu, que retardou o planejamento deste ciclo de Copa por não ter convicção sobre o substituto de Tite no comando técnico.
Hoje, é quase consenso entre apoiadores da atual gestão, que o futuro treinador da seleção será o rubro-negro Filipe Luis. Mas não ja para o próximo ciclo.
Com seis jogos disputados, quatro pelas Eliminatórias e dois amistosos, acredita ter resolvido os problemas na fase defensiva.
Os jogadores deste setor já estão escolhidos e os amistosos contra Senegal e Tunísia, representantes da escola africana, que alia força e velocidade, têm o objetivo de fortalecer o mecanismo. O time será praticamente o mesmo nos dois jogos, com poucas mexidas.
Conceitualmente, a ideia de antecipar as conversas para a prorrogação do contrato com o treinador italiano antes mesmo da virada do ano deveria já estar na pauta de Samir Xaud. Porque se o objetivo dele for mesmo corrigir os rumos do futebol brasileiro, não lhe faria mal pegar carona na expertise de Ancelotti.
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