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Papo de Família

Papo de Família, por Cláudio Miranda

Colunista

Cláudio Miranda, terapeuta de Família e Psicopedagogo Clínico

A culpa não é dos seus pais

Assumir a própria história e romper laços de vitimismo é o primeiro passo para uma vida emocionalmente livre

Cláudio Miranda, Colunista de A Tribuna | 27/10/2025, 12:15 h | Atualizado em 27/10/2025, 12:15

Imagem ilustrativa da imagem A culpa não é dos seus pais
Cláudio Miranda é da Diretoria da ATEFES (Associação de Terapia Familiar do ES), Terapeuta de Família, Psicopedagogo Clínico, Pós-graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP. |  Foto: Reprodução/Jornal A Tribuna

Há pessoas que vivem culpando seus pais, se lamentando pela vida que têm. Reclamam sempre que as coisas não dão certo para eles, mas não fazem nada para mudar. Ficar reclamando deles para tudo o que te acontece não é um bom caminho. Continuar culpando os pais pelo modo como a sua vida está não é uma boa estratégia.

Uma hora você terá que fazer um corte dessa ligação emocional exagerada e seguir com a sua história e caminhar sem eles de modo desapegado.

Porque essa é a forma saudável de se viver a vida sem dependência sem amarras afetivas, mesmo que eles tenham errado muito com você. Desapegue-se o tempo todo, o viver nos dar uma oportunidade de mudar a nossa situação emocional de reconfigurar a nossa situação relacional, seja com quem for.

O vitimismo é feito areia movediça, você vai afundando cada vez mais e acaba não conseguindo mais sair daquilo. Você fica se justificando, culpando e acusando. Uma hora você vai ter que perceber que isso não está dando certo, a sua situação não melhora. Você só mudará com a tomada de consciência.

Tudo que os pais podem fazer pelos filhos acontece mais intensamente na infância e na adolescência. Depois isso vai diminuindo cada vez mais. Eu não estou dizendo que o amor de pai e mãe acaba e que os laços de família se rompem no futuro. A questão é que chega uma hora em que um ciclo se fecha para começar outros.

Então, você terá que fazer um corte desta ligação emocional exagerada e seguir com a sua história caminhando sem eles de modo desapegado e desprendido. Parece que a ação dos pais na nossa vida tem um prazo de validade.

Quando crescemos e nos tornamos adultos eles deixam de ter tanta ação sobre nós. Dali para frente são as nossas decisões que dirão para onde nós iremos, com quem nós iremos e quando nós iremos. Se uma pessoa adulta não passa por esse “portal”, se não amadurece, provavelmente continuará sendo independente emocional muito parecido com aquele dependente químico que existe por aí.

Romper essas amarras emocionais pode ser muito desconfortável no início, mas, depois, você perceberá o quanto isso é libertador.

Quando uma pessoa sai do modo acusador e culpabilizador ela fica mais consciente da sua força e da sua capacidade de superação e de resolução dos problemas que possa se deparar sem querer que alguém os resolva para si.

Com o tempo perceberá que seus pais não poderão mais interferir tanto nas suas escolhas. Sentirá a dor desse corte, mas depois descobrirá que é tão bom ser quem você é, que é um ser humano normal. Você assume que daqui pra frente você vai tentar fazer diferente.

Não quererá prejudicar ninguém e nem usar o outro. Sentirá um grande prazer em apenas ser quem você é.

Para muitos, a terapia é um ótimo caminho para a saída desse ciclo vicioso e doentio. Num processo terapêutico a pessoa passa a se conectar com os seus recursos internos para superar os desafios de cada dia. Você perceberá que a terapia começa a fazer efeito quando você deixa de culpar pai e mãe e toma o controle das suas ações. Aceitará que é responsável por suas escolhas para uma vida mais equilibrada.

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