Comprar destilados e outras bebidas alcoólicas nos supermercados é seguro?
Casos de intoxicação por metanol começaram a surgir em São Paulo e já atingem outras regiões do País
Diante dos casos de intoxicação por metanol no Brasil, entidades reforçam a importância de bebidas alcoólicas serem adquiridas de estabelecimentos de confiança. As ocorrências começaram a surgir no Estado de São Paulo e já atingem outras regiões do País.
Procurada, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) não se manifestou. Já a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas afirma que é fundamental distinguir o setor produtivo formal — que segue rigorosos padrões de qualidade, segurança e conformidade regulatória — do mercado ilegal.

A entidade orienta que o consumidor tenha alguns alertas, tais como:
Como saber se uma bebida foi adulterada?
- As bebidas falsificadas podem causar lesões internas, risco de intoxicação e do desenvolvimento de alergias. Saber identificar o produto é essencial para não sofrer sequelas.
- Verifique se há alterações no rótulo do produto.
- Observe se o volume da garrafa está muito baixo ou muito alto. As empresas atuam com testes de qualidade rigorosos e geralmente padronizados.
- Veja se o lacre de segurança está intacto.
- Observe e compare a coloração do líquido.
- As empresas atuam de forma transparente e por isso nos rótulos sempre há advertências sobre o consumo excessivo de álcool.
- Ficar atento ao preço é um indicador essencial. Fuja de preços baixos demais e desconfie de ofertas fora do normal.
- Compre em estabelecimentos de confiança.
Um estudo da Euromonitor International para a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas aponta que o mercado ilegal de álcool no Brasil gera um prejuízo de R$ 28 bilhões para a economia e saúde pública.
“Do volume de bebidas destiladas, 28% são de bebidas ilegais que são objetos de crimes como sonegação fiscal, contrabando/descaminho, falsificação e produção sem registro. O ilícito mais prejudicial, tanto ao setor produtivo quanto aos consumidores, é a falsificação. Estima-se que a cada cinco garrafas de uísque ou de vodca, uma seja potencialmente falsa”, segundo a entidade.
Conforme a associação, os principais métodos de falsificação de bebidas incluem o reenchimento de garrafas de marcas famosas com produtos baratos e a utilização de álcool não apropriado para consumo humano, ambos representando riscos à saúde dos consumidores.
Ministério da Saúde recomenda evitar destilados
Na quinta, 2, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas destiladas. “Na condição de ministro e como médico, a recomendação é que se evite ingerir produto destilado, sobretudo os incolores, que você não tenha absoluta certeza da origem. Não estamos falando de um produto essencial para a vida das pessoas” recomendou Padilha." Não faz faz problema nenhum na vida de ninguém evitar o consumo."
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