Caixa Econômica fecha agências no Espírito Santo. Sindicato questiona prejuízos
Sindicato diz que banco já encerrou atividades de 128 unidades País afora. No Estado, número chegará a 10 no dia 17 de outubro

Seis agências da Caixa Econômica Federal foram fechadas no Espírito Santo neste ano e outras quatro serão encerradas até 17 de outubro, segundo o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES).
As agências denominadas Metropolitano, Vale, JF Cachoeiro, PAB Campo Grande, Bento Ferreira e Vitória Praia são as que já tiveram o funcionamento finalizado. Já as unidades de Cricaré, Praia da Costa, Ibes, em Vila Velha, e Vila Rubim, em Vitória, são as que fecharão no próximo mês.
O encerramentos de unidades é questionado pelo sindicato. Para a dirigente Rita Lima, há uma falta de transparência nesse processo, trazendo prejuízo a trabalhadores e com possível reflexo na prestação de serviços.
“É um descalabro um banco que tem historicamente o papel social de promover a inclusão da população desbancarizada, reproduzir o modelo de gestão dos bancos privados de reduzir gastos a partir do fechamento de unidades bancárias”, protesta Rita.
O sindicato alerta ainda para a existência de 10% da população que não possui acesso à internet, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Não serão beneficiadas em nada por agências digitais”, diz.
A Caixa, em nota, afirma que realiza avaliações contínuas da rede de atendimento, sempre com o objetivo de oferecer conveniência, qualidade e eficiência para a população.
Ressalta ainda que, quando há necessidade de reposicionamento de uma unidade, os clientes passam a contar com agências próximas, preparadas para absorver a demanda e manter a qualidade do atendimento.
“ Esse processo é planejado para que não haja prejuízo aos serviços oferecidos. Nestes casos, os empregados das unidades são realocados para agências da região, considerando critérios de proximidade e alinhamento com os interesses da Caixa e dos empregados, assegurando a continuidade profissional”, afirma o banco.
Já a Federação dos Bancos (Febraban) se limitou a dizer que o fechamento de agências é da política de negócios de cada banco, mas reforçou o processo de ampliação dos canais virtuais.
“Oitenta e dois por cento das transações bancárias dos brasileiros são feitas pelos canais digitais, ou seja, pelo celular e internet banking”, diz em nota.
Saiba mais
O que diz o sindicato
A diretoria da Caixa Econômica Federal anunciou na última semana o fechamento de 128 agências físicas no Brasil.
A ação vem causando reação da classe dos bancários em diferentes estados brasileiros.
A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) também defendeu a suspensão da “reestruturação”.
Para o sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), o fechamento de agências dificulta a prestação dos serviços de caráter social pelo banco público.
“A Caixa não pode copiar a gestão do Itaú, do Bradesco ou do Santander, bancos que têm o lucro como única prioridade. A Caixa é um banco público que tem responsabilidades e compromissos sociais que não podem ser preteridos”, diz Rita, uma das dirigentes.
Segundo o sindicato, corre a informação de que o presidente da Caixa, Carlos Vieira, pretende chegar na proporção de uma agência para cada 100 mil habitantes.
Considerando que a população brasileira é de 212 milhões, a rede da caixa seria reduzida a 2.120.
Até o primeiro trimestre de 2025 a Caixa contava com 3.200 agências. Uma queda de 5,9% se comparada a 2015, diz o sindicato.
O que diz a Caixa
O banco reforça que disponibiliza atendimento presencial em todos os municípios do Espírito Santo com 85 agências e postos de atendimento, 251 lotéricas e 129 correspondentes CAIXA Aqui (CCA).
Em todo o país, a rede conta com 4,2 mil agências e postos, além de 21,1 mil lotéricas e CCA.
Segundo o banco, quando há necessidade de reposicionamento de uma unidade, os clientes passam a contar com agências próximas, preparadas para absorver a demanda e manter a qualidade do atendimento.
“Esse processo é planejado para que não haja prejuízo aos serviços oferecidos”, afirma em nota.
Empregados das unidades são realocados para agências da região, considerando critérios de proximidade e alinhamento com os interesses do banco e dos empregados, assegurando a continuidade profissional, diz a Caixa.
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