O fim de uma era
Comentários sobre o futebol, os clubes e os craques do esporte mais popular do planeta
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
A consagração do francês Ousmane Dembélé, de 28 anos, campeão da última edição da Champions pelo Paris Saint-Germain, como melhor jogador do mundo na temporada 2024/2025, tem entre suas leituras uma que me chama muito a atenção: o trono está vago. Não temos mais o “supercraque” como nos anos da polarização entre o português Cristiano Ronaldo, vencedor de cinco edições, e o argentino Lionel Messi, ganhador de oito.
Pela primeira vez nos últimos 17 anos, pela segunda vez seguida, o vencedor do prêmio não é nem um, nem outro.
De 2008 até hoje, apenas o croata Modric (2018), o francês Benzema (2022), o espanhol Rodri (2024) e agora Dembéle (2025) quebraram o reinado da dupla.
E isso porque Messi ousou a nos encantar novamente com uma Copa do Mundo fantástica no Catar, em dezembro de 2022: sete gols e três assistências em sete jogos. Levou a Argentina ao título e ficou a um gol do artilheiro Mbappé, vice com a França.
Mas agora, aos 38 anos, e próximo do fim da carreira, já não postula o trono. Assim como Cristiano Ronaldo que fará 41 em fevereiro. Ou seja: é mesmo um fim de era.
E aqui entra o verdadeiro motivo de minha reflexão: Neymar. Sim, porque o camisa 10 do Santos, ainda uma referência da seleção brasileira, jogou mais futebol do que os quatro ganhadores do prêmio na ausência de Messi e Cristiano Ronaldo.
Pode ter sido menos cerebral do que o Modric de 2018 ou um goleador menos fatal do que o Benzema de 2022. Mas, em seus anos de apogeu, foi mais completo e brilhante. E teve contra si dois fatores primordiais: o geracional e o físico. Em suma: Neymar não teve sorte, tampouco uma seleção para ajudá-lo.
Não sei medir a importância do prêmio oferecido pela revista esportiva "France Football" ou qual a relevância dele na análise da carreira de um grande jogador.
É claro que, comercialmente, o reconhecimento traz ganhos financeiros diretos e indiretos. Mas ele não define o tamanho do craque.
Neymar, que fará 34 anos no 5 de fevereiro que celebrará os 41 de Cristiano Ronaldo, ainda tem chances de ocupar o trono.
Mas, se não chegar, também não será menor por isso. Basta saber construir o final da história dele - tempo para isso não lhe falta.
Vejamos.
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A coluna de Gilmar Ferreira traz análises diretas e bem fundamentadas sobre o futebol brasileiro, combinando opinião, bastidores e leitura crítica do esporte. Com linguagem acessível e olhar experiente, Gilmar comenta desempenho de clubes, decisões de dirigentes, comportamento de jogadores e os movimentos que moldam o futebol dentro e fora de campo. Suas colunas exploram não apenas resultados, mas contexto, estratégia e impacto, oferecendo ao leitor uma visão mais profunda do jogo e do cenário esportivo atual.