Desembargador diz que Hytalo e marido 'não vão comprar a Justiça'
Nesta terça-feira, o TJ rejeitou por unanimidade pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do casal

O desembargador João Beneditto da Silva, do TJ-PB (Tribunal de Justiça da Paraíba), afirmou que Hytalo Santos e o marido, Israel Nata Vicente (Euro), "não vão comprar a Justiça". Os réus seguem presos após a Justiça rejeitar um pedido de habeas corpus.
Declaração foi dada em resposta ao conteúdo de um depoimento. "Uma testemunha disse ter visto e ouvido eles, em determinado momento, dizendo que poderiam comprar tudo com o dinheiro. Não! Eu creio que eles não vão comprar a Justiça", disse o juiz, na 33ª sessão da Câmara Criminal.
Nesta terça-feira (23), o TJ rejeitou por unanimidade pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do casal. Com isso, a prisão preventiva deles está mantida pela Justiça.
"O STJ já decidiu no que tange à prisão preventiva, porque ainda está sob o juízo daquela corte, já que houve agravo. Penso que ficaria difícil esta Câmara decidir de outra forma", disse o desembargador João Beneditto.
Advogado do casal, Felipe Cassimiro Melo de Oliveira, destacou que os dois são réus primários e que Hytalo, um dos acusados, "alcançou milhões de pessoas e beneficiou várias delas". Segundo ele, o caso ganhou proporções que extrapolam o processo judicial.
"Nenhum elemento concreto. Ainda que se interprete da pior forma, ainda não existia nenhuma medida cautelar vigente. Não foi dada a esses meninos nenhuma oportunidade de outras cautelares, mesmo havendo arquivamento de casos de conhecimento do Ministério Público. Uma denúncia que está baseada em matérias jornalísticas", disse Felipe Cassimiro, advogado do casal.
INVESTIGAÇÃO
Influenciador e o marido foram presos preventivamente em 15 de agosto de 2025, em uma casa alugada em Carapicuíba, na Grande São Paulo. A prisão foi um desdobramento de uma investigação que começou no final de 2024, após denúncias de vizinhos, e que apura a suposta exploração de crianças e adolescentes para a produção de conteúdo online.
Inquérito acusa o casal de tráfico de pessoas, exploração de trabalho infantil e exposição de adolescentes a conteúdos de conotação sexual para obter lucro. Segundo o Ministério Público da Paraíba (MP-PB), a investigação revelou um "modus operandi estruturado e premeditado" para atrair jovens em situação de vulnerabilidade com promessas de fama e dinheiro.
Caso ganhou notoriedade nacional após um vídeo de 50 minutos do youtuber Felca, intitulado "adultização", viralizar. No vídeo, ele expõe conteúdos em que Hytalo mostrava adolescentes realizando danças sensuais e respondendo a perguntas de teor íntimo e adulto.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários