Ciranda alvinegra…
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O 3 a 3 com o Mirassol, no Nilton Santos, após vencer o primeiro tempo por 3 a 0, reabriu feridas na torcida do Botafogo que terão de ser estancadas o mais rápido possível. E não só pelo anticlímax de quarta-feira (17). É mesmo pelo acúmulo de frustrações geradas desde a precoce eliminação do time no Torneio Intercontinental do ano passado com derrota de 3 a 0 para o Pachuca, do México.
Desde então o 1 a 0 sobre o PSG, campeão europeu, na primeira fase do Mundial de Clubes da Fifa, foi o único momento de prazer de uma torcida que viveu um ano mágico em 2024 com as conquistas do Brasileiro e da Copa do Brasil. Nada, porém, que pudesse apagar as derrotas nas decisões da Supercopa e da Recopa, perdidas para Flamengo, e Racing, respectivamente.
Lembrando, evidentemente, que o clube fez campanha ridícula no Estadual e não conseguiu sequer garantir a vaga na Copa do Brasil de 2026. E com a eliminação para o Vasco na edição deste ano, a única forma de garantir presença no torneio é chegando entre os seis classificados a Libertadores através do Brasileiro - o que, por ora, está conseguindo.
E quando me refiro à ferida reaberta falo do desencanto com o trabalho de Davide Ancelotti, já apontada por alvinegros como o responsável pela oscilação do time. E isso é péssimo! De julho de 2023 a até aqui, o Botafogo teve seis treinadores no comando, sem contar a interinidade de Cláudio Caçapa: Bruno Laje, Lúcio Flavio, Tiago Nunes, Artur Jorge, Renato Paiva e Davide Ancelotti.
É como se cada um deles tivesse dirigido o time por quatro meses, o que derruba a ideia de trabalho profissional, estruturado e gerido por gente bem capacitada. Essa,aliás, é a minha crítica desde a saída de Luis Castro: a ausência de um gestor que assine o projeto esportivo. Porque até aqui o tal “Botafogo Way” é coisa que só existe na cabeça de John Textor e acho nem ele sabe bem o que é.
O Botafogo tem uma vitória nos últimos cinco jogos (duas nos oito mais recentes), mas Davide Ancelotti tem 15 pontos somados nos últimos 30 disputados no Brasileiro. Um aproveitamento de 50% que mantém o time na briga por vaga no pelotão de cima. E o fato de o filho do técnico da Seleção ter apenas 36 anos não o desabona em nada. Não é hora, portanto, para novas rupturas. É preciso reforçar a estrutura e fortalecer a autoestima.
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