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Leitores do Jornal A Tribuna

Folclore: o saber popular, a “ciência do povo”

Folclore brasileiro reforça identidade cultural e preserva tradições populares

Manoel Goes Neto | 22/08/2025, 12:38 h | Atualizado em 22/08/2025, 12:39

Imagem ilustrativa da imagem Folclore: o saber popular, a “ciência do povo”
Manoel Goes é produtor cultural, escritor e diretor no IHGES, |  Foto: Divulgação

Agosto é o mês do Folclore Nacional, comemorado nesta sexta-feira (22). De origem inglesa, “folklore” significa “sabedoria popular”. Uma data de alerta sobre a importância da valorização e preservação das manifestações folclóricas do País, como Mula sem Cabeça, Saci Pererê, Curupira e Boto Cor de Rosa, lendas muito antigas e passadas de geração em geração.

Vários educadores defendem a tese, e eu concordo com eles, da importância de celebrarmos a data pela representatividade do folclore na cultura popular, tendo em vista que toda sociedade tem sua cultura, suas tradições, crenças e costumes. Afinal, o folclore é o saber popular que se valoriza e se perpetua ao longo das gerações.

A nossa homenagem aos grandes intelectuais folcloristas, começando por Câmara Cascudo, que muito valorizou a expressão “folclore”, pensada como ciência do povo, ciência que pudesse fornecer as bases, as camadas daquilo que nós expressamos enquanto o que nos diferencia dos outros.

Folcloristas do Espírito Santo também merecem homenagens. Começamos pelo professor Hermógenes Lima Fonseca, Mestre Armojo, personagem fundamental para o conhecimento, valorização e preservação do patrimônio imaterial do Estado, mestre e pensador popular fora da academia que, ao lado de Guilherme Santos Neves e Renato Pacheco, formou a “santíssima trindade do folclore capixaba”. Eles foram responsáveis pela atenção ao folclore com muito estudo e, com exaustivas pesquisas, definiram as primeiras políticas públicas ao setor.

Pequeno em extensão territorial, o Espirito Santo é celeiro riquíssimo em tradições folclóricas, privilegiado pela sua posição geográfica, dos povos e raças que aqui se instalaram e que convivem numa grande e cordial fraternidade. Posso citar os brancos: alemães, poloneses, italianos, árabes, dentre outros. Importante lembrar que, em fevereiro, comemoramos 151 anos da imigração italiana, uma das maiores colônias italianas do País.

É fundamental mantermos vivos os mitos e lendas da nossa gente. Se termos como folclore e cultura forem descartados, as peculiaridades de uma imensa quantidade de folguedos, festas, artes, crenças e mitos, como também práticas do cotidiano, ficarão de lado. É sempre bom lembrar: “Não se pode construir um futuro sem ter tido um passado. Um povo sem história é um povo sem futuro”.

Apesar da riqueza cultural, no Brasil as datas folclóricas quase não são comemoradas. Geralmente quem propaga a celebração são as escolas, contadores de histórias e demais fazedores de cultura, e, mesmo assim, não há uma comemoração tão grande. O que fortalece a identidade de um País, comunidade ou cidade é justamente a produção cultural. É o folclore, as danças, contos e narrativas. E se você só começa a fazer a narrativa do que vem de fora, como o muito comemorado Halloween, perde-se muito da história e identidade de um povo. É fundamental resgatar a ancestralidade cultural, nossas lendas e mistérios.

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