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Leitores do Jornal A Tribuna

Esporte e inclusão: projetos acolhem crianças com deficiência

Projetos esportivos promovem inclusão e transformam vidas de crianças com deficiências

Bruno Telles | 15/08/2025, 12:38 h | Atualizado em 15/08/2025, 12:38

Imagem ilustrativa da imagem Esporte e inclusão: projetos acolhem crianças com deficiência
Bruno Telles é gerente de projetos e especialista em projetos incentivados. |  Foto: Divulgação

Muito além da prática esportiva, projetos sociais exercem função estratégica: promover a inclusão de crianças e adolescentes com deficiências neurológicas e comportamentais. Transtornos como o espectro autista (TEA) e o Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), entre outros, muitas vezes isolam crianças da vida comunitária, limitando oportunidades de desenvolvimento integral. Nesse cenário, o esporte surge como poderosa ferramenta, capaz de estimular habilidades motoras, cognitivas e sociais.

Projetos sociais têm capacidade singular de acolhimento. Por serem, muitas vezes, estruturados em comunidades e conduzidos por educadores com vínculo com o território, criam um ambiente mais próximo, humano e adaptável. Isso os torna mais acessíveis e menos burocráticos que outras instâncias institucionais, permitindo uma resposta mais ágil e empática às necessidades de crianças com perfis diversos.

A possibilidade de adaptação das atividades, o ritmo respeitado, a escuta ativa dos responsáveis e o incentivo ao protagonismo tornam esses espaços verdadeiros polos de desenvolvimento.

Na Grande Vitória, projetos como o Interação Esportes e o Taekwondo Solidário são mais que atividades extracurriculares: são ferramentas de transformação social e inclusão. Patrocinadas por meio da Lei de Incentivo ao Esporte Capixaba (Liec), as iniciativas oferecem, gratuitamente, aulas de futebol, futsal, vôlei de praia e taekwondo para crianças e adolescentes.

Com equipes multidisciplinares, eles fazem diferença na vida dos alunos e das famílias deles. Em muitos casos, o projeto é o único espaço onde essas crianças podem interagir socialmente fora do ambiente doméstico ou escolar. Para as famílias, principalmente as que têm dificuldades econômicas, esses projetos representam alívio, apoio e esperança. Oferecem não só atividades físicas, mas estrutura, disciplina, afeto e pertencimento.

O impacto é coletivo. Crianças, antes isoladas, encontram companheirismo e autoconfiança. Adolescentes que convivem com desafios de atenção e comportamento desenvolvem foco e respeito às regras. A comunidade passa a enxergar potencial onde antes via apenas limitações. Projetos como esses revelam que políticas públicas bem estruturadas, quando aliadas ao engajamento de empresas e instituições, podem alterar trajetórias de vida. Mais do que a prática esportiva, promovem cidadania. Mais do que técnicas, ensinam convivência, superação e empatia.

É essencial reconhecer, valorizar e expandir tais iniciativas. Em um país onde acesso a lazer, educação inclusiva e acompanhamento terapêutico ainda é restrito, projetos sociais são uma resposta concreta e transformadora. Eles mostram que é possível construir uma sociedade mais justa e acolhedora, onde toda criança, com ou sem deficiência, tem seu lugar garantido, seu potencial estimulado e sua dignidade respeitada.

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