Sob suspeita
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Em meio de tanta falta de confiança no time do Vasco que patina nesta edição da Série A, eis um dado animador para pais e filhos vascaínos: na condição de mandante, o clube carioca venceu os três jogos contra o Atlético-MG disputado nos últimos quatro anos. O 3 a 2 de 2021, no duelo entre os times de Vanderlei Luxemburgo e o de Jorge Sampaoli; o 1 a 0 de 2023 entre o de Ramón Díaz e o de Felipão; e o 2 a 0 de 2024, imposto pelo coletivo do interino de Felipe Loureiro sobre o vice das Copas do Brasil e Sul-Americana treinado pelo argentino Gabriel Milito.
Resta ver então como será o embate desta tarde, em São Januário, entre o Vasco de Fernando Diniz e o Atlético-MG de Cuca. Neste Brasileiro, um tem 33,3% de aproveitamento e o outro 47,9%.
Mas, nos últimos oito jogos, a distância que os separa em pontos não é mais do que uma vitória: os mineiros somaram onze e os cariocas oito. Os atleticanos venceram três jogos e perderam outros três; e os vascaínos venceram dois e perderam quatro. A vitória vascaína equilibraria o recorte.
É difícil mensurar, no entanto, que tipo de impacto os 3 a 1 sobre o CSA na quinta-feira (7) e a consequente passagem às quartas na Copa do Brasil terão neste domingo (10).
E é também difícil não se deixar contagiar pela postura do Vasco no primeiro tempo daquele jogo: marcação adiantada e intensa, controle pela posse, associação pelos lados e por dentro, e sem a obsessão pelas cabeçadas de Vegetti - algo que, registre-se, não se repetiu na fase final de um confronto com um adversário que disputa a Série C!
Diniz conseguiu fazer Pitton, Jair, Tchê Tchê e Rayan funcionarem coletivamente a reboque da qualidade da dupla Coutinho e Nuno Moreira - e até Benjamin Garré entrou bem.
O problema segue na frouxidão de sistema defensivo e na incapacidade de se mostrar eficaz nas bolas cruzadas sobre a área. Isso tem minado a temporada, independentemente da formação, e é o ponto de alerta para o confronto com Hulk, Rony, Scarpa e Tomás Cuello. Por isso, ainda não dá para alimentar expectativas positivas.
Até porque nos 27 jogos que Diniz tem na direção do Vasco, contando com a primeira passagem em 2021, o time só foi vazado em cinco jogos: nas vitórias por 1 a 0 sobre o Brusque, fora de casa; 2 a 0 sobre o Goiás; 3 a 0 sobre Melgar, do Peru; e Fortaleza, às três em São Januário; e no 0 a 0 com o CSA no jogo de ida desta Copa do Brasil. Números que não jogam a favor.
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