Agricultor pinta aquarela no Caparaó em frio de -3ºC
Filho de agricultores, ele ajuda os pais na produção de vegetais orgânicos, mas desde a infância cultiva uma relação com a arte
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Pintar o nascer do sol a quase três mil metros de altitude, sob um frio de -3°C, foi o desafio que o agricultor Ruy Berger, 29 anos, decidiu enfrentar em sua primeira visita ao Pico da Bandeira. Morador de Santa Maria de Jetibá, Ruy subiu a trilha levando uma maleta de madeira com tintas e pincéis, transformando o topo da montanha em um ateliê a céu aberto.
Com o vento cortante e o céu ganhando tons dourados, ele buscava capturar, em cores, a experiência do amanhecer. A caminhada começou à meia-noite do último dia 27 de julho.
O grupo partiu ainda no escuro para alcançar o cume a tempo de ver o sol nascer. Foram três horas de subida, enfrentando a sensação térmica de -5°C. A descida levou pouco mais de três horas.
A pintura, feita com tinta acrílica sobre papel, retrata o próprio Pico da Bandeira: o céu colorido pela alvorada, as nuvens espalhadas no horizonte e a cruz de ferro que marca o ponto mais alto.
Mesmo com pouca experiência na técnica, Ruy não hesitou em se lançar no desafio. “A pintura acrílica ainda é nova para mim, mas sempre me lanço a desafios”, diz.
Filho de agricultores, ele ajuda os pais na produção de vegetais orgânicos, mas desde a infância cultiva uma relação com a arte.
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