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Mundo Digital

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Colunista

Eduardo Pinheiro

Brasil conectado e internauta desprotegido

Golpes virtuais crescem e expõem a falta de proteção digital para crianças, idosos e famílias brasileiras

Eduardo Pinheiro, Colunista de A Tribuna | 04/08/2025, 12:59 h | Atualizado em 04/08/2025, 12:59

Imagem ilustrativa da imagem Brasil conectado e internauta desprotegido
Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

Vivemos uma era em que a transformação digital não é mais promessa de futuro — é o presente batendo à porta com toda sua força. Tudo está conectado, e isso traz maravilhas e perigos.

Em um mundo cada vez mais on-line, saber se proteger digitalmente deixou de ser um luxo de especialistas para se tornar uma necessidade básica — tão essencial quanto saber trancar a porta de casa.

De uma criança que joga no celular ao aposentado que só quer acessar sua aposentadoria, todos estão na linha de frente de um ambiente virtual cada vez mais hostil.

A internet se transformou num campo minado de armadilhas sofisticadas, onde o desconhecimento vira isca fácil.

Muitos pais, por exemplo, já viveram verdadeiros pesadelos: ligações de pedófilos, faturas do cartão com cobranças misteriosas e prejuízos financeiros causados por compras feitas por filhos desavisados em jogos online.

Crianças, muitas vezes, cedem seus dados por ingenuidade ou são induzidas por promessas feitas por estranhos em chats e plataformas de jogos. O cartão dos pais vira moeda fácil nas mãos dos golpistas.

Na outra ponta da vida, os idosos são vítimas preferenciais de criminosos digitais. São inúmeros os relatos do golpe do amor — aquele “romance” que surge do nada e termina com a conta bancária zerada.

Ou do falso advogado, que liga dizendo que teve sentença favorável. Ou ainda do falso bancário, que oferece ajuda para “resolver” uma suposta fraude no cartão.

Há também o empréstimo consignado “milagroso” e, claro, o clássico: o golpe do filho pedindo dinheiro pelo WhatsApp. Tragédias pessoais que, muitas vezes, deixam sequelas emocionais tão grandes quanto o prejuízo financeiro.

Esses golpes se multiplicam com velocidade assustadora. O mais frustrante? Muitos poderiam ser evitados com informação e conscientização. Bastaria ensinar noções básicas de segurança digital desde cedo, orientar os mais velhos, alertar a todos sobre os perigos reais do mundo on-line. Mas... onde estão essas iniciativas?

A verdade é dura: o poder público ainda engatinha quando o assunto é proteger a população dos perigos da internet. Faltam campanhas massivas e constantes, que usem não só a internet, mas também a televisão, o rádio e até outdoors, para alcançar quem mais precisa.

Enquanto isso, o brasileiro continua exposto, desamparado e vulnerável. A segurança digital virou terra de ninguém.

No mundo real, se um bairro sofre com assaltos, a comunidade cobra policiamento, iluminação, rondas. E no mundo virtual? Cadê o socorro? Cadê a patrulha que nos proteja dos criminosos digitais que atuam impunemente?

O cidadão brasileiro está clamando por proteção digital. Nossos filhos, nossos pais, nossos avós estão sendo vítimas todos os dias. Definitivamente, está muito difícil conviver com a insegurança digital na internet do Brasil.

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