Sai licença para investimento bilionário no mar capixaba
Prio recebeu do Ibama a licença prévia para produzir no Campo de Wahoo, no litoral sul capixaba, investimento de R$ 4,9 bilhões
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A petrolífera Prio anunciou a emissão da Licença Prévia (LP), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), para a construção do sistema de desenvolvimento da produção do Campo de Wahoo, no litoral sul do Espírito Santo, projeto de R$ 4,9 bilhões.
Na prática, isso significa que os poços que estão sendo perfurados em alto mar pela empresa estão um passo mais próximos de serem interligados à FPSO Frade, unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga estabelecida na Bacia de Campos.
O documento atesta a viabilidade ambiental do projeto, sendo o primeiro passo para a concessão da licença ambiental — que permitirá, de fato, a instalação da estrutura, considerando o trâmite ambiental, explica o presidente da RedePetro, Rafaele Cé.
“Depois que os poços estão perfurados, eles têm que ser interligados à plataforma e entre eles. Desses poços, sai uma tubulação que vai para a plataforma. São processos que não conversam, vamos dizer assim”, detalha, fazendo referência à perfuração.
A Prio já havia recebido, em maio, a licença de perfuração para Wahoo, iniciando a mobilização da sonda Hunter Queen para a campanha de perfuração.
Ao todo, serão investidos R$ 4,9 bilhões no projeto petrolífero, que devem gerar ao Rio de Janeiro, ao Espírito Santo e à União mais de R$ 4 bilhões de royalties, segundo o CEO Roberto Monteiro.
O Campo de Wahoo é o primeiro totalmente desenvolvido pela Prio. A produção será viabilizada por uma conexão submarina (tieback) de cerca de 30km de extensão, ligando Wahoo ao FPSO Frade, que possui uma capacidade de processamento de 100 mil barris de óleo por dia (bpd), um aumento na produção de até 40 mil bpds.
Além desse campo, a empresa ainda adquiriu anteriormente uma participação de 60% no campo de Peregrino (Rio de Janeiro), também na Bacia de Campos, passando a ser dona de 100% do campo.
A companhia espera que as operações sejam concluídas entre o final de 2025 e meados de 2026, e todos os valores serão pagos utilizando os recursos já disponíveis em conta corrente, detalhou a empresa à época.
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