Homicídios na Terceira Ponte: Justiça mantém preso advogado que fez racha
Prisão preventiva foi cumprida na última quarta-feira
Escute essa reportagem
O Ministério Público do Estado decidiu manter a prisão do advogado Ivomar Rodrigues Gomes Junior, em audiência de custódia ocorrida na manhã desta segunda-feira (23). O réu é acusado de ter participado de um racha na Terceira Ponte, que resultou em uma batida de trânsito e na morte de dois jovens.
Ivomar responde pelo crime de homicídio doloso, já que assumiu o risco de provocar um acidente. Kelvin Gonçalves dos Santos e Bruniele Nascimento Felippe estavam em uma motocicleta atingida pelo carro de Ivomar, em 2019.
Ivomar está preso desde o último dia 18, quando o Poder Judiciário atendeu o pedido do Ministério Público do Estado e determinou a prisão preventiva do réu.
Segundo o MPES, o pedido da prisão aconteceu porque a defesa de Ivomar teria feito imposições com o objetivo de retardar a tramitação do processo penal e postergar a realização do julgamento pelo Tribunal do Júri. Desde 2021, o réu teria solicitado adiamentos de audiências, além de pedidos de prazo maior para apresentação de quesitos para perícia judicial, o que se repetiu nos anos seguintes e resultou em novos adiamentos.

RELEMBRE O CASO
O crime aconteceu na noite do dia 22 de maio de 2019, na Rodovia ES-060, no trecho da Terceira Ponte, no vão central, sentido Vila Velha-Vitória. Na ocasião, segundo o MPES, Ivomar Rodrigues Gomes Junior e Oswaldo Venturini Neto ingeriram bebida alcoólica e assumiram a direção de dois automóveis, dirigindo em velocidade acima do permitido na via e participando de uma competição automobilística não autorizada, conhecida como “racha”.
Durante a competição, os réus colidiram com uma motocicleta onde estavam as vítimas Kelvin Gonçalves dos Santos, que pilotava o veículo, e Bruniele Nascimento Felippe, que estava na garupa.
Após o fato, Ivomar e Oswaldo foram acusados de homicídio doloso, já que assumiram o risco de causar acidentes. Os dois foram presos em flagrante e tiveram a prisão convertida em preventiva na audiência de custódia. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça concedeu liberdade provisória aos réus após recursos apresentados pelas defesas.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários