Você culpa os outros pela vida que tem?
Assumir a responsabilidade pela própria vida é o primeiro passo para quebrar o ciclo da vitimização e transformar dores em escolhas conscientes
Quando nascemos, vivemos situações de vida que irão se configurando de forma mais negativa ou positiva conforme atuamos sobre elas. Dessa forma, existirão pessoas que viverão reclamando quando sentem que sua vida não está boa e culparão os outros pelos problemas que passam.
E assim, há pessoas que culpam os pais, o chefe no trabalho, a economia do país, o parceiro, a família ou o “sistema” pela vida que têm.
É verdade que sofremos interferências externas o tempo todo em nossas ações e pensamentos, todavia, precisamos aprender a lidar com essas situações filtrando aquilo que é positivo para nossos planos e conquistas.
Culpar alguém pela vida que tem te desobriga da sua responsabilidade de mudança e de fazer algo por você mesmo.
Contudo, esses “outros” que acusamos pelos nossos fracassos também têm os seus próprios dilemas e desafios de vida.
Culpá-los passa a ser, então, um mecanismo de defesa e uma estratégia de nos desobrigarmos de fazer algo em benefício de nós mesmos.
Esse comportamento no qual a pessoa começa a atuar é uma fuga da responsabilidade de mudar o rumo da sua vida.
Ela assume uma postura limitante na qual depositará no outro o compromisso de fazer algo para resolver os seus problemas.
Diante dos desafios de cada dia, nós temos o dever de mudança e de adaptação constante àquilo que seja melhor para nós.
Culpar os outros pela vida que se tem reduz a angustia momentaneamente, porque dará a sensação de que a falha não é sua.
Na cultura do vitimismo, a sociedade dá um tipo de recompensa para a lamentação em vez da ação, tipo: “Coitada, ela não teve a ajuda que precisava”.
O comportamento de vitimização é um perigo, porque se espera que os outros mudem para que seja feliz e realizada.
É assim que passará a falar sempre coisas do tipo: “Meu chefe não me valoriza”, “Meus pais arruinaram a minha autoestima”. Você desenvolve um ressentimento crônico e terá a mágoa como sua identidade. Perderá a alegria e viverá frustrada a vida inteira.
Ao alimentar a sua impotência ante os fatos, afastará as soluções, porque se vê como vítima e não buscará as ferramentas necessárias para a sua ação.
Para desmontar essa máquina da culpa, faça as pazes com a sua parcela de responsabilidade e reconheça as escolhas que você fez e que te levaram até esse lugar em que se encontra.
Atue naquilo que é controlável e possível, por exemplo: Você não pode mudar um chefe tóxico, mas pode melhorar o seu currículo para mudar de emprego.
Você não mudará os seus pais, mas poderá iniciar uma terapia para redimensionar os seus traumas de infância. Com o tempo você perceberá que entre o que aconteceu com você e o que você faz com isso tem um espaço.
É aí que você verá uma possibilidade de atuação e de ressignificação das suas dores, perdas e dilemas. Quando você assume a sua parte, as mudanças acontecerão.
A sua história não é escrita por quem feriu você, mas pelo o que você decide fazer com as suas cicatrizes.
A vida que você tem hoje pode ser um espelho de escolhas passadas, mas a vida que deseja amanhã será reflexo das escolhas que faz agora. Pense nisso!
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