ES Gás: uma concessão de sucesso
Com investimentos bilionários e redução de CO₂, expansão do gás natural transforma o Espírito Santo em referência em energia limpa e eficiente
O gás natural é um combustível estratégico para o desenvolvimento sustentável de qualquer região, por ser mais limpo e eficiente em comparação com outras fontes fósseis. No Espírito Santo, sua história começou em 1968, quando a Petrobras iniciou a produção em terra, no município de São Mateus. A partir dali, foram instaladas unidades de tratamento e uma rede de dutos interligando São Mateus à Grande Vitória, criando a base da infraestrutura que hoje sustenta o fornecimento de gás no Estado.
Na década de 1990, o consumo era bastante restrito: apenas seis grandes empresas utilizavam o gás natural, com volume diário de cerca de 330 mil metros cúbicos. Não havia consumo residencial, comercial ou veicular, o que limitava o potencial de expansão e os benefícios ambientais e econômicos que o gás poderia proporcionar à população capixaba.
Em dezembro de 1993, o governo do Estado deu um passo importante, ao assinar a primeira concessão para distribuição de gás com a Petrobras Distribuidora. A partir de 1995, já sob o nome BR Distribuidora, a concessionária expandiu gradualmente a rede, levando o gás natural a 13 municípios e diversos segmentos econômicos, inclusive a geração elétrica.
Em 2018, foi criada a ES Gás, resultado de uma sociedade entre o governo estadual e a Vibra (sucessora da BR Distribuidora). O contrato de concessão foi formalizado em julho de 2020, com prazo de 25 anos. Em março de 2023, a empresa foi leiloada na B3, em São Paulo, sendo adquirida pela Energisa, que assumiu as operações em julho do mesmo ano, iniciando um novo ciclo de investimentos e modernização.
A partir da entrada da Energisa — grupo com mais de 120 anos de experiência no setor de energia — os resultados começaram a aparecer rapidamente.
Até dezembro de 2024, a ES Gás: passou a atender mais um município; fez 11.200 novas ligações; alcançou 83 mil unidades residenciais e comerciais, 61 indústrias e 41 postos de combustível; ampliou a rede em 100 km; reduziu o preço do gás em aproximadamente 15%; e evitou a emissão de 600 mil toneladas de CO2 em apenas um ano.
Entre 2025 e 2030, os investimentos previstos são da ordem de R$ 1 bilhão. O plano é ambicioso: chegar a mais cinco municípios, construir 480 quilômetros adicionais de rede e conectar 92 mil novos consumidores. Com isso, espera-se evitar a emissão de 900 mil toneladas de CO2 por ano, reforçando o papel do gás natural na transição energética.
O modelo capixaba de concessão se destaca pelos bons resultados entregues com transparência, visão de longo prazo e eficiência operacional. Ele demonstra que, quando o interesse público é aliado a uma gestão profissional, todos ganham — especialmente a sociedade.
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