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Opinião Econômica

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Colunista

Complexidade econômica e desigualdade de renda

Evento reuniu especialistas para debater o papel da complexidade econômica no desenvolvimento e nas desigualdades de renda no Brasil

Érika Leal | 11/06/2025, 12:52 h | Atualizado em 11/06/2025, 12:52

Imagem ilustrativa da imagem Complexidade econômica e desigualdade de renda
Érika Leal, presidenta do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES). |  Foto: Arquivo/AT

Dos dias 20 a 23 de maio de 2025, ocorreu em Fortaleza (CE), o IX Encontro Nacional de Economia Industrial e Inovação (ENEI). Neste ano o tema do evento foi “Financiamento e Desenvolvimento Brasileiro: Oportunidades e Desafios”.

Com mais de 100 artigos apresentados e um conjunto de sessões plenárias de discussões sobre o desenvolvimento nacional, o encontro chegou em sua nona edição reunindo um grupo de pesquisadores de todo o País que formam recursos humanos e que produzem e compartilham conhecimentos em economia industrial e inovação para o desenvolvimento brasileiro.

Um dos temas de destaque nas sessões de discussões dos artigos foi a complexidade econômica, que é medida pela diversidade e ubiquidade de produtos presentes na pauta exportadora de uma região.

Quanto mais diversificada e capaz de produzir bens não ubíquos, mais complexa é uma determinada região. Para além da academia, o conceito de complexidade econômica tem sido utilizado por gestores públicos em todo mundo.

É natural que os policy-makers queiram elaborar políticas para tornar suas economias cada vez mais sofisticadas e complexas, pois regiões que diversificam suas estruturas produtivas e têm capacidade de produzir bens não ubíquos são mais prósperas.

O Plano ES 500 anos, que será lançado em breve no Espírito Santo, tem a diretriz da complexidade econômica bem estabelecida. Há um consenso entre os formuladores do Plano da necessidade de desenhar e executar políticas que levem a estrutura produtiva capixaba a alcançar patamares mais elevados de complexidade em 2035.

Outra diretriz clara é a redução das desigualdades. Diversos estudos mundo afora estão sendo realizados analisando as relações entre complexidade econômica e desigualdade de renda.

Os artigos discutidos em Fortaleza mostraram que ainda não há um consenso sobre a direção em que a complexidade econômica se relaciona com a desigualdade de renda.

O estudo seminal liderado por Hausmann (2015), voltado para regiões mexicanas, mostrou que a desigualdade de renda é menor em regiões mais complexas, no entanto, uma série de outros estudos mais recentes por pesquisadores em um número maior de países encontraram uma relação positiva entre complexidade econômica e desigualdade de renda, indicando que regiões mais complexas são mais desiguais.

Esses achados trazem implicações importantes para políticas públicas.

Em todos os exercícios realizados, a complexidade econômica se relaciona com a desigualdade, no entanto, são os canais de transmissão, as instituições, as demais políticas econômicas e sociais que são cruciais para determinar a direção em que a complexidade vai se relacionar com a desigualdade de renda.

Esse conjunto de condições é crucial para que um território se beneficie dos frutos da complexidade econômica permitindo redução das desigualdades de renda. Nesse sentido, torna-se ainda mais imperativo integrar as políticas públicas.

Ampliar a complexidade da estrutura produtiva ao mesmo tempo em que o ambiente institucional seja propício ao transbordamento dos benefícios de uma estrutura mais sofisticada para todos os capixabas.

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