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Economia

Wall Street e dólar fecham em forte queda com ataques de Trump ao presidente do Fed

Trump disse que Powell, a quem chamou de "Sr. Tarde Demais", deveria reduzir as taxas de juros "AGORA" para estimular a economia


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Imagem ilustrativa da imagem Wall Street e dólar fecham em forte queda com ataques de Trump ao presidente do Fed
Wall Street e dólar fecham em forte queda com ataques de Trump ao presidente do Fed |  Foto: Divulgação

Os índices de Wall Street e o dólar despencaram nesta segunda-feira (21), sob influência da incerteza sobre a economia dos Estados Unidos e pelas críticas de Donald Trump ao presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Jerome Powell.

As ações abriram no vermelho, mas a queda se intensificou quando Trump voltou a atacar Powell nas redes sociais. Às 17h (horário de Brasília), quando se fecharam as bolsas americanas, o S&P 500 caía 2,38%, o Dow Jones recuava 2,48% e o Nasdaq Composite desabava 2,55%.

Os mercados no Brasil estão fechados nesta sessão por causa do feriado de Tiradentes.

Em uma publicação na plataforma Truth Social nesta manhã, Trump disse que Powell, a quem chamou de "Sr. Tarde Demais", deveria reduzir as taxas de juros "AGORA" para estimular a economia.

A declaração vem na esteira de uma fala de Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, na sexta-feira, quando ele disse que Trump "continua estudando" a demissão de Powell. O republicano afirmou, no dia anterior, que tinha o direito de demitir o presidente do Fed.

Trump tem criticado Powell repetidamente por não reduzir as taxas de juros com a rapidez que julga adequada, enquanto o presidente do Fed afirmou que nunca será influenciado por pressões políticas.

"Se você acha inaceitável que o presidente Trump esteja frustrado com o histórico de políticas do Fed, então acho que você tem algumas explicações a dar", disse Hassett aos repórteres em Washington na sexta-feira, quando os mercados norte-americanos estavam fechados.

O dólar chegou a cair 1,5% em relação a uma cesta de seis outras moedas fortes, em movimento medido pelo índice DXY. O patamar de 97,92, registrado por volta de meio-dia, foi o menor em três anos. Às 17h, o índice subiu para 98,35, uma queda de 1,04% em relação ao dia anterior.

O euro se fortalecia 1,07% e o iene, 1,06%, enquanto o real se manteve estável, por causa da bolsa fechada.

Thierry Wizman, estrategista global de câmbio e taxas de juros do banco de investimento Macquarie, disse que a "fuga do dólar" nesta segunda-feira estava sendo impulsionada por preocupações crescentes sobre a independência do Fed, bem como pela falta de progresso de Washington em acordos comerciais.

Ele citou o efeito da deterioração da perspectiva de crescimento na queda das ações, acrescentando que a "disposição para conter a inflação dos preços ao consumidor nos EUA está diminuindo, daí a corrida para o ouro [e] o aumento nos rendimentos [do Tesouro] de longo prazo".

Os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos subiram 0,04 pontos percentuais para 4,36% após a última publicação de Trump nas redes sociais. Os rendimentos são inversamente proporcionais aos preços, ou seja, se os títulos estão em alta, eles estão valendo menos.

Yujiro Goto, estrategista de câmbio da Nomura Securities, disse que a combinação de vendas de títulos e depreciação da moeda ao mesmo tempo é rara em um mercado de moeda de reserva importante como o dos EUA.

Goto atribuiu a alta do iene às preocupações com a "estagflação" norte-americana -quando a inflação está elevada e a economia não cresce- e à "crescente desconfiança na credibilidade dos ativos dos EUA".

Analistas do CICC, o banco de investimento chinês, disseram em um relatório no domingo que a incerteza da política doméstica dos EUA está levando o dólar e os títulos do Tesouro a "se comportarem mais como ativos de risco".

Eles acrescentaram que os comentários recentes de Trump sobre Powell "aumentaram ainda mais as preocupações do mercado sobre a independência do Federal Reserve".

O banco central manteve as taxas inalteradas na faixa de 4,25% e 4,5% este ano, após reduzi-las três vezes em 2024. A próxima reunião será em maio.

O Fed define a política monetária independentemente dos outros ramos do governo. Qualquer tentativa de destituir Powell, cujo mandato está programado para terminar em maio de 2026, ou pressionar a política monetária poderia causar mais turbulência no mercado dos EUA, segundo investidores e analistas.

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