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Olhares Cotidianos, por Sátina Pimenta

Olhares Cotidianos, por Sátina Pimenta

Colunista

Psicóloga clínica, advogada e professora universitária

Inspiração é um ato de presença

Confira a coluna desta sexta-feira (17)

Sátina Pimenta, colunista A Tribuna | 17/04/2025, 10:37 h | Atualizado em 17/04/2025, 10:37

Imagem ilustrativa da imagem Inspiração é um ato de presença
Sátina Pimenta é psicóloga clínica, advogada e professora universitária |  Foto: - Divulgação

No dia 15 de abril, recebi uma homenagem na Câmara Municipal de Vitória, como profissional da saúde, pelo Dia Mundial da Saúde. E minha família estava lá. Presente, com o coração inteiro. Convidei também meus alunos de Psicologia – aqueles que estão comigo na caminhada da disciplina de Psicologia Social. Sabia que aquele momento era também deles.

Dentro da Psicologia Social, nós trabalhamos com o compromisso de enxergar o mundo. E não apenas ver, mas sentir o mundo. Sobretudo quando seguimos a linha da Psicologia Crítica, como aprendemos com Silvia Lane, que nos lembra que é preciso olhar para a realidade com responsabilidade e sensibilidade, vendo o outro dentro do seu mundo, e não do nosso.

Eles viram profissionais de áreas de saúde que sequer sabiam que existiam: “profa, que instrumento é este que ela trabalha? Que legal o que ele faz”. Os olhinhos brilhavam a cada nome dito na plenária e a cada salva de palmas emitida no momento seguinte.

E como já dizia Jung, podemos conhecer todas as teorias, dominar todas as técnicas, mas, no fim, estamos diante de uma alma humana. E é ela que precisamos alcançar.

Eu tentei mostrar isto quando convidei os meus alunos naquele dia, os profissionais que estavam sendo homenageados são diferentes, pois são almas humanas tocando almas humanas.

Na leitura da minha minibiografia, apresentaram meus cargos: coordenadora de curso, pesquisadora, psicóloga clínica, palestrante, etc. Mas, no fundo, o que mais me define é ser professora de Psicologia. E isso carrega um peso bonito: são 18 anos formando pessoas.

Naquele instante, enquanto meus alunos gritavam, torciam, vibravam, a vereadora sorriu e disse que parecia uma torcida organizada. E talvez fosse mesmo. Uma torcida pelo afeto, pela educação, pela escuta, pela transformação.

Às vezes esquecemos que há quem se inspire em nós. Mesmo quando achamos que estamos só cumprindo a rotina, performando nosso papel, dando aulas, tentando equilibrar tudo e pensando que “não é nada de mais”! Acreditem, tem alguém olhando, admirando em silêncio, dizendo: “Um dia, quero ser como ela.” E isso não é vaidade – é impacto. É espelho. É semente.

Eu mesma fui inspirada por muitas mulheres: minha mãe e avós, minhas amigas, minhas tias e primas, minhas professoras. E também por pessoas que só passaram pela minha vida e deixaram marcas. Meu nome carrega essa história. “Sátina” vem de uma mulher que cruzou o caminho da minha mãe, fez o que precisava, e seguiu. Um anjo de passagem.

Eu sei. Nem sempre temos forças para manter a esperança acesa dentro da gente, às vezes nem acreditamos que somos “essa Coca-Cola toda”, mas somos! E eu desejo que eles sejam um engradado inteiro! Que sejam milhares de vezes melhores do que eu!

Portanto, essa homenagem foi mais do que um reconhecimento profissional. Foi um lembrete de que inspirar é um ato de presença. Um presente que oferecemos – e que recebemos. Um encontro de almas. Vamos seguir inspirando. Com coragem, com ternura, com verdade. Voem meus amores, e obrigada por me lembrarem sempre a importância do meu lugar no mundo.

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