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Opinião Econômica

O país mais feliz do mundo

Confira a coluna desta terça-feira (08)


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Imagem ilustrativa da imagem O país mais feliz do mundo
Thomaz Tommasi é presidente da Assevila (Associação dos Empresários de Vila Velha)

Segundo o World Happiness Report 2025, ranking da Organização das Nações Unidas que mensura a felicidade em 147 países, a Finlândia foi, pelo oitavo ano consecutivo, eleita como a nação mais feliz do planeta Terra.

Há poucos dias retornei de uma viagem de trabalho junto com o Centro de Liderança Pública - CLP, um think tank de São Paulo, deste incrível país, que tive a oportunidade de visitar pela segunda vez e passei a refletir em relação a este tema. Duas perguntas surgem: Será que existe uma fórmula para que possamos copiar? Eles são efetivamente um país tão feliz assim?

Respondendo, sem muito mistério a segunda pergunta, até pelo fato de que ela me parece mais simples, afirmo que eles são sim muito felizes. Entretanto, destaco que felicidade não é uma alegria fugaz e vazia, pelo contrário. É um assunto que passou a ser estudado pelos governos nacionais, por meio da liderança da ONU, a partir de julho de 2011, com o objetivo claro de entender como os cidadãos de cada um dos seus Estados membros entendiam sua qualidade de vida, o bem-estar e sua felicidade. Falo de algo profundo, que tem relação com as condições de onde vivemos. Nós, brasileiros, estamos ranqueados na 36ª posição em 2025, um crescimento de 8 posições em relação ao ano anterior, mas vale apontar que Costa Rica em 6º lugar e México fechando do "top 10", são países muito mais felizes do que nós. Sendo assim, não é um “sorriso no rosto” que vai definir a felicidade, mas sim boas condições sociais de vida.

Já em relação à segunda pergunta, alguns pontos são destaque. Em primeiro lugar, a Finlândia é organizada de forma coletiva. Eles têm como valor basilar da sociedade uma participação popular muito transversal, sendo esta uma construção no setor privado e no público. Por lá estudamos, por exemplo, o caso do Burguer King, rede de restaurantes americana, que em muitos casos pode representar o liberalismo americano, mas que nas mãos dos finlandeses é uma empresa privada com participação comunitária. É isso mesmo, o BK Suomi (Finlândia em finlandês) tem diversas camadas administrativas, com conselhos populares e decisões que passam por diversos órgãos. Assim, para que se mude o cardápio, é necessário que todos concordem. A igreja não está apartada, o clero também passa por eleições populares, sendo uma instituição forte. Em uma lógica de “total democracia”.

Mas há um outro valor nacional que permite essa participação popular ser tão eficiente e gerar tantos ganhos sociais, sobretudo coletivo. O grande pilar é a confiança. Todos confiam no sistema, no governo e nos vizinhos. O finlandês confia em si mesmo e atua com firmeza em obedecer às regras. Todos sabem onde querem chegar e como chegar, fazendo com que a diferença social seja pequena e que o crescimento seja coletivo.

Não estou falando de nada relacionado as ideologias políticas de esquerda ou de direita, estou refletindo em relação a um país ocidental, nórdico, rico e que tem uma sociedade consciente dos seus deveres em primeiro lugar, pois os direitos já estão garantidos e ninguém precisa de exigi-los.

Trago, como quem ama viajar, que cada lugar tem seus valores e características culturais.

Mesmo sendo um país pequeno, me fazem pensar que podemos sim buscar a felicidade, justamente por sermos um país rico em oportunidades, com povo diversificado e trabalhador. O Brasil merece ser feliz, mas por enquanto quem tem felicidade de verdade vive no gelo e na terra do Papai Noel.

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