Capixaba planeja novas aventuras depois do Everest
Capixaba planeja conhecer a África após comemorar aniversário com uma caminhada de 9 dias até a base do Everest

Após viver uma viagem dos sonhos para comemorar o aniversário de 40 anos no campo base do Everest, enfrentando temperatura abaixo de zero, mais de 5 mil metros de altitude e muitas aventuras no trajeto até o destino, a servidora pública Gabriela Zamprogno já faz planos para uma nova viagem.
Desta vez, o desafio é rumo a um novo continente.
“Durante a viagem, a gente não pensa em um novo destino assim, de cara, mas logo que retornei para o Brasil, assim que pousei, já comecei a fazer planos para uma nova aventura”, admitiu.
Agora, Gabriela deseja alcançar “novas alturas” no ponto mais alto da África.
“Acredito que minha próxima aventura maior será o Monte Kilimanjaro, na África. Esse, diferente do Everest, será no topo mesmo, chegar até o final dele”, comentou a moradora de Vitória.
De acordo com informações de sites de viagem, a montanha está localizada na Tanzânia e é conhecida como o “Telhado da “África”.
Ela está localizada a 5.800 metros de altitude acima do nível do mar, praticamente a mesma altura do campo base do Everest, que a servidora pública já “riscou” da lista de aventuras.
Indescritível
Gabriela comemorou seu aniversário de 40 anos no monte mais alto do planeta, o Everest, localizado no território de cinco países (China, Nepal, índia, Paquistão e Butão), e destacou que a emoção foi indescritível.
Ela encarou o desafio de realizar uma prática conhecida como trekking - atividade física de caminhada por trilhas em montanhas – em uma viagem de 18 dias ao todo, sendo nove de deslocamento e nove de caminhada, com momentos de descanso.
“Comecei a planejar essa viagem em 2018, quando voltava do Peru, depois de fazer o meu primeiro trekking. É uma experiência difícil de descrever. Foi um sonho realizado”, contou a aventureira.
Assista aqui a entrevista de Gabriela Zamprogno no Estúdio Tribuna Online
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Gabriela Zamprogno: "Triatlo ajudou a encarar desafio"

A Tribuna – Você faz treinamento físico?
Gabriela Zamprogno – Basicamente, minha preparação para o Everest foi o triatlo - natação, ciclismo e corrida - atividade que pratico desde 2020. Vi nessa atividade uma maneira de ganhar condicionamento físico, porque a gente treina força, cardio e constância.
Quando começou a praticar trekking?
Em 2018 eu fiz o meu primeiro trekking, no Peru. Depois dessa primeira experiência, eu listei outros cinco destinos que eu queria me aventurar nos próximos cinco anos, incluindo o campo base do Everest.
É uma viagem cara?
É um investimento alto, com certeza. Posso dizer que é um terço do valor de um carro, talvez. Uma viagem assim necessita de um bom planejamento para ser realizada, mas, para mim, é uma experiência que vale cada centavo.
Agora é o momento de descansar e planejar a próxima aventura, né?
Com certeza! É uma viagem muito cansativa, que demanda muita preparação física e emocional. No período da viagem, durante os perrengues, a gente se questiona o porquê de estar lá, fazendo aquilo. Mas assim que pisei no Brasil, já comecei a pensar no Kilimanjaro, que fica na África, o que eu acho que será o meu próximo destino.
Nesse novo desafio você quer chegar até o topo?
Sim, no Kilimanjaro eu pretendo ir até o topo.
Condicionamento físico e preparação emocional
Quem pensa que chegar ao campo base do Monte Everest é uma tarefa fácil, se engana.
Enfrentar temperatura negativa em alta altitude, durante quase 10 dias de caminhada, demandam preparo físico e emocional. E foi o que a servidora capixaba fez para concretizar seu projeto.
O personal trainer Lorhan Mascarenhas explica a importância do preparo físico adequado para atletas que desejam encarar práticas como o trekking.
“É importante que pessoas que desejam praticar atividades de trekking estejam em boas condições físicas. O ideal é realizar de seis a sete treinos por semana, de uma hora e meia a duas horas diárias”, aconselhou.
O profissional da saúde destacou o tipo de exercício recomendado para a prática.
“É interessante que haja uma mescla de exercícios de força e cardiorrespiratórios. Além disso, se possível, a realização de treinos em terrenos irregulares ajudam a ter uma perspectiva mais próxima da realidade experimentada na montanha”, diz.
Além do bom condicionamento físico, o preparo emocional é um fator importante que deve ser levado em conta em práticas como essa, explica a psicóloga Julia Carone.
“Ao acolher as emoções, a pessoa pode desenvolver estratégias para lidar com o medo, a ansiedade e a frustração, questões que surgem no processo”, diz.
“O mindfulness e o escaneamento corporal são técnicas que podem auxiliar os atletas a focalizar a atenção no momento presente e compreender as respostas fisiológicas e emocionais atuais”, recomendou a profissional.
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