X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Espaços de memória, cultura e resistência negra no Centro

Entre 1824 e 1872, 40% da população da capital era de pessoas negras


Imagem ilustrativa da imagem Espaços de memória, cultura e resistência negra no Centro
Fabrício Costa |  Foto: Tribuna Online

Em 13 de maio de 1888 foi assinada a Lei Aurea! A escravidão estava oficialmente proibida no Brasil! Em seguida, viria a Proclamação da República e o Brasil entraria em um novo processo de formação política, econômica e social. Mas, o que isso tem a ver com o centro de Vitória? Tudo!

O centro de Vitória, ao longo dos seus quase 500 anos de ocupação, foi predominantemente construído pelo povo negro. Entre 1824 e 1872, por exemplo, 40% da população da capital era formada por pessoas negras escravizadas ou alforriadas, em uma população total de cerca de 13 mil pessoas que viviam na Vila de Vitória.

Leia mais sobre Cidades aqui

Com o apogeu da era do café e o crescimento das atividades portuárias e ferroviárias no Estado, especialmente entre 1900 e 1930, Vitória cresceu e ganhou importância como cidade.

Com este crescimento, muitas histórias foram apagadas, especialmente as que resguardavam o seu passado de vila colonial. Nas palavras de Emília da Costa: “um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado”.

Atualmente existem diversos pontos de cultura e resistência negra no centro de Vitória, que trabalham pelo resgate da história do povo negro e pelo fim do apagamento histórico, sendo o Museu Capixaba do Negro (Mucane), um dos mais importantes! Inaugurado em 1993 e agora em processo de restauro pela Prefeitura de Vitória, o Mucane fica na Avenida República, 121, perto do Parque Moscoso e do antigo edifício do Cine Santa Cecília, que foi transformado em prédio residencial pela prefeitura, dando lar a 35 famílias de baixa renda.

O Mucane oferece diversas atividades educativas, oficinas e exposições, além disso, ele fica num casarão de 1912 – um espetáculo à parte – e tem murais com obras executadas pelo artista capixaba Starley, um dos idealizadores do Iá Estúdio, que fica na Escadaria do Rosário, debaixo do restaurante Oca e próximo à Igreja do Rosário. O contato do Mucane é o (27) 99873-4596.

Leia mais

Protesto em Carapina causa lotação em pontos e atraso de ônibus

Morre menino Noah, que engasgou com ovo em creche no ES

O Iá Estúdio também é um espaço de resistência negra! É formado por um coletivo de artistas e empreendedores talentosos que contribuem muito para o centro da cidade! A turma do Iá também tem uma loja de materiais artísticos que fica abaixo do estúdio. 

Tanto o estúdio quanto a loja estão passando por reformas e a turma do Iá aproveitou para grafitar na fachada do imóvel que ocupa um painel que celebra a cultura negra, tudo isso com recursos próprios. Uma demonstração da força do empreendedorismo criativo no centro de Vitória, superando a falta de investimentos públicos em cultura e arte.

Que tal um tour cultural pela Igreja do Rosário do povo preto, passando para um almoço ou café da tarde na Oca, umas comprinhas de roupas e acessórios na loja Espaço Hip Hop, uma foto bacana do mural feito pelo Iá Estúdio para dar aquela atualizada no feed (marque o @iaestudio) e uma passadinha na loja do Iá para dar uma olhada nos materiais artísticos.

Para encerrar esta coluna, dedicada às heranças vivas do povo negro, vou dar outra sugestão de tour: comece no Mucane, passando no Vila Moscoso para um cafezinho, uma foto na escadaria Maria Ortiz, onde foi a antiga ladeira do Pelourinho, uma passadinha pela Cidade Alta e um fechamento de dia com muito samba, diversidade e cultura negra no bar da Zilda, onde você vai encontrar muita animação, cerveja gelada e um delicioso bolinho de salmão, carro-chefe da dona Zilda!

Ah, e não se esqueçam, todo fevereiro tem Carnaval de rua e todo dia 27 de dezembro tem a Festa de São Benedito, com procissão, muita fé e ancestralidade! 

Estes eventos anuais são grandes potências do povo negro! Organize-se com antecedência e vem para o Centro!

Fabíricio Costa é artista e empreendedor no Centro de Vitória.

Imagem ilustrativa da imagem Espaços de memória, cultura e resistência negra no Centro
|  Foto: Tribuna Online

Leia mais

Veja a programação completa do aniversário de 111 anos do Parque Moscoso

Capixaba é campeã de fisiculturismo após perder 40 kg

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: