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Saúde

Riscos de comer baiacu e os cuidados na preparação

Especialistas alertam para importância da limpeza correta do peixe, que pode ter provocado a morte de mecânico industrial


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Imagem ilustrativa da imagem Riscos de comer baiacu e os cuidados na preparação
Praia em Aracruz, onde vivia Magno Sérgio Gomes (destaque) que morreu após consumo de baiacu |  Foto: Divulgação e Acervo pessoal

A ingestão de um peixe pode ter causado a morte de um mecânico industrial, de 46 anos, após 35 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Vitória.

Magno Sérgio Gomes morreu na madrugada de sábado (27) e foi enterrado domingo (28) em Aracruz, no Norte do Espírito Santo.

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A família de Magno afirma que ele morreu após um quadro de envenenamento, causado pela ingestão do peixe da espécie baiacu.

A causa da morte chocou familiares e amigos, já que Magno Sérgio era um homem muito conhecido e atuava na mesma empresa há 20 anos. Magno teria comido o fígado do baiacu, um peixe que ganhou de presente de um amigo.

“Ele ganhou o peixe de um amigo no dia 22 de dezembro. Não sabemos a procedência do peixe, se foi pescado ou ganho. No dia seguinte, eles limparam o baiacu e comeram. Magno nunca tinha limpado baiacu antes. Retiraram apenas o fígado, ferveram o órgão e comeram, com limão e sal”, conta a irmã dele, Myrian Gomes.

Tanto Magno quanto o amigo passaram mal, mas o amigo deixou o hospital uma semana depois e está se recuperando em casa com algumas sequelas.

“Menos de uma hora depois de comer o fígado do peixe, Magno começou a ficar com a boca dormente. Ele foi com a esposa para o hospital dirigindo o próprio carro. Quando chegou lá, estava com a boca mais dormente, passando muito mal. Logo em seguida, teve uma parada cardíaca”.

Alerta

Especialistas orientam que, antes de comer o baiacu, é preciso fazer a limpeza corretamente, retirando vísceras sem deixar que elas se rompam.

É preciso saber limpar corretamente. É necessário também retirar a vesícula biliar, sem estourar a bolsinha. Isso é primordial e os limpadores de peixes das peixarias e mercados fazem isso com muita habilidade e cuidado.

Pescador há 40 anos, Renato Alves reforça a necessidade de cuidados antes de consumir o peixe.

“Somente quem tem experiência deve fazer a limpeza, porque realmente é perigoso”.

Colegas lamentam morte de Magno Sérgio

O mecânico industrial Magno Sérgio Gomes trabalhava na mesma empresa desde os 26 anos de idade. Ele entrou como mecânico industrial, passou a gerenciar equipes e, por último, estava como coordenador de manutenção.

A empresa lamentou a morte do profissional.

“Que tristeza. Escolher as palavras para expressar a falta que o Magno Sérgio (conhecido como Chopin) irá fazer vão além de exaltar a sua disposição e competência no âmbito do trabalho. Ele era uma pessoa diferente em vários sentidos. Sempre criativo, positivo, conseguia deixar o clima mais leve, mesmo diante das dificuldades. Nós estamos muito sentidos”, frisou a nota de pesar, em nome da equipe SDM Engenharia.

Saiba mais

O peixe em questão é da espécie baiacu-arara (Lagocephalus laevigatus), segundo a descrição da família.

Baiacus, segundo biólogos, são encontrados em mares de todo o mundo, com várias espécies no Brasil.

Uma espécie mais perigosa, possivelmente o baiacuzinho (Sphoeroides greeleyi), é encontrada no Estado.

Há outras duas espécies do mesmo gênero no Estado, uma em manguezais e estuários (Sphoeroides testudineus) e outra em ilhas distantes da costa (Sphoeroides camila).

As três espécies são de pequeno porte, apresentando manchas e pintas pelo corpo. Elas são perigosas e não devem ser consumidas.

O veneno dessas espécies está localizado em órgãos específicos, como fígado, ovários e pele. Esses órgãos contêm toxina chamada tetrodotoxina, que pode ser letal se ingerida em quantidades suficientes.

O correto é não consumir os órgãos desses peixes, pois neles que a tetrodotoxina está concentrada. Se os órgãos forem removidos adequadamente por um especialista, o risco de intoxicação por tetrodotoxina é reduzido.

No entanto, ainda existe um risco residual, e é por isso que, em muitos lugares, o consumo desses peixes é altamente regulamentado e restrito a chefs experientes e licenciados.

Fonte: Pesquisa AT.

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