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Saúde

Remédio contra Alzheimer impede avanço da doença

Novo medicamento, que está em estudos, tem se tornado uma esperança para pacientes e médicos em todo o mundo


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Imagem ilustrativa da imagem Remédio contra Alzheimer impede avanço da doença
Idosa recebe apoio: no Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vive com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são registrados todos os anos. Metade desses casos são por Alzheimer |  Foto: Canva

Um novo remédio contra o Alzheimer impede o avanço da doença em estudo de estágio avançado e traz esperança para médicos e pacientes.

Desenvolvida pela empresa farmacêutica Eli Lilly, a droga experimental diminuiu o declínio cognitivo em 35% em testes. Os resultados melhoram as expectativas de um novo tratamento para a doença que danifica o cérebro. 

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De acordo com o estudo, 47% dos 1.182 participantes que tomaram o medicamento – com a doença em seu estágio inicial – não apresentaram declínio ao longo de um ano, em comparação com 29% das pessoas que tomaram placebo.

O estudo avaliou ainda o medicamento em 552 pacientes com altos níveis de uma proteína cerebral chamada tau e descobriu que, quando ambos os grupos foram combinados, o donanemab retardou a progressão em 29%. 

À reportagem, médicos classificaram a notícia como um avanço, a exemplo da neurologista Soo Yang Lee, professora da Multivix.

“É uma esperança de tratamentos cada vez mais promissora. Os medicamentos anteriores, como o aducanumab e o lecanemab apresentavam muitos efeitos adversos de risco e benefícios inferiores a esse novo medicamento”.

É um grande avanço, uma esperança de tratamentos cada vez mais promissor Soo Yang Lee, Neurologista
 

José Antônio Fiorot Júnior, médico neurologista, destaca que no Brasil cerca de 1,2 milhão de pessoas vive com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados todos os  anos. “Pelo menos 50% desses casos são por Alzheimer”.

Para ele, trata-se de um avanço marcante no tratamento da doença, pois, pela primeira vez, um tratamento mostrou que pode impedir a progressão da doença, por pelo menos durante um período. 

“Até então, nenhum dos medicamentos que já são utilizados impediam a piora da doença, apenas controlavam os sintomas e melhoravam a qualidade de vida provisoriamente”.

Até então, nenhum dos medicamentos que já são utilizados impediam a piora da doença osé Antônio Fiorot Júnior, Neurologista
 

No entanto, ele salienta que algumas ressalvas precisam ser feitas, entre as quais, sobre alguns efeitos colaterais.

O estudo mostra que entre os efeitos colaterais estão inchaço cerebral e hemorragia, o que levou à morte de três pacientes que tomaram o medicamento.

De qualquer forma, a farmacêutica já tinha solicitado aprovação acelerada junto ao FDA (órgão de saúde dos EUA) para o donanemab. O próximo passo é entrar com pedido de aprovação total.

Essa medicação é um avanço, mas ainda não é a pílula mágica, não é a solução de todos os problemas Alexandre Marreco, neurologista
 

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Estudo

Uma droga experimental para Alzheimer, desenvolvida pela empresa farmacêutica Eli Lilly, diminuiu o declínio cognitivo em 35% em um estudo de estágio avançado da doença. 

A droga, donanemab, atendeu a todos os objetivos primários e secundários do estudo, além  de  retardar a progressão da doença de Alzheimer em 35% a 36%, em comparação com um placebo, em 1.182 pessoas que receberam o diagnóstico de estágio inicial. 

Aprovação 

A empresa planeja entrar com pedido de aprovação tradicional nos Estados Unidos até o final de junho e com reguladores de outros países logo em seguida.

Indicação 

A neurologista Soo Yang Lee explica que a medicação é indicada a pacientes com pré-Alzheimer, chamado de Declínio Cognitivo Leve, e fase inicial da doença.

Ressalvas

Apesar de destacar que esse medicamento é um avanço marcante no tratamento da doença de Alzheimer, o médico neurologista José Antônio Fiorot Júnior faz ressalvas. 

“Como o próprio estudo mostrou, alguns efeitos colaterais importantes foram relatados nos pacientes que usaram esse novo tratamento.”

Além disso, segundo ele, o estudo teve um seguimento de apenas um ano. “Portanto, o efeito do medicamento e de retardar a progressão da doença durou apenas um ano, até o momento”.

Por fim, ele frisa que o efeito apresentado é bastante discreto. “Se analisarmos, 47% dos pacientes que tomaram o novo medicamento apresentaram essa redução da progressão da doença. Já 29% dos pacientes que tomaram apenas placebo, também apresentaram essa redução da progressão da doença. Ou seja, o medicamento foi superior ao placebo em apenas 20% dos casos”, comparou o neurologista.

Quando deve chegar ao Brasil?

O neurologista Alexandre Marreco conta que, na prática, ainda não tem previsão do medicamento chegar ao Brasil, considerando que é preciso realizar mais estudos científicos, além de ser aprovado.

“Tudo ainda é muito novo, muito recente. Estamos aprimorando as moléculas para poder ter um tratamento cada vez mais eficaz. Além disso, é uma medicação de altíssimo custo”.

Segundo ele, na prática, na hora de prescrever o medicamento, é preciso saber o estágio da doença que o paciente se encontra. “Não há indicação em estágios moderados e avançados”.

Fonte: Agência Folha, médicos entrevistados e pesquisa A Tribuna.

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